Cotidiano

Tecnologia: Mapeamento a laser dentro e fora de Itaipu

O equipamento, um Pegasus 2 Ultimate (P2U), é uma das duas novas aquisições da área para fazer medições dentro e fora da Itaipu

Foto: Divulgação
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Foz do Iguaçu – A picape da Divisão de Estudos da Itaipu Binacional passa a 40 km/h sobre aquela estrada em construção. Acoplada a um suporte especial instalado na caçamba, uma máquina de mapeamento a laser faz uma leitura em 360 graus de todo o caminho percorrido. O material é levado para o escritório e gera um mapa tridimensional com várias informações necessárias para a equipe acompanhar a evolução daquela obra.

O equipamento, um Pegasus 2 Ultimate (P2U), é uma das duas novas aquisições da área para fazer medições dentro e fora da Itaipu. É o primeiro adquirido na América Latina. Ele foi comprado no início do ano junto com a ScanStation P50, um equipamento mais leve, que é afixado a um tripé e também é usado para o mapeamento de alta precisão, com alcance de até 1.000 metros.

Ambos os equipamentos utilizam a tecnologia de laser scanner para obter a distância entre o equipamento e os objetos de interesse.

De acordo com o gerente da Divisão de Estudos, João Paulo do Prado, os dois equipamentos serão usados nos trabalhos da área, como o acompanhamento das obras da ciclovia na Vila A e da Tancredo Neves, a construção da nova estrada de acesso ao PTI (Parque Tecnológico Itaipu), além de apoiar atividades de outras divisões da Coordenação e demais diretorias.

“A aquisição dos equipamentos coincide com a implantação do BIM na Itaipu”, explica João Paulo. A plataforma BIM (Building Information Modeling) permite criar modelos virtuais 3D em alta precisão e vai complementar a base atual, que utiliza a tecnologia CAD (Computer Aided Design), ou desenho assistido por computador, uma forma de representação em 2D feito no computador, e que domina o mercado desde a década de 80.

PTI usa drones para monitoramento de projetos

O PTI (Parque Tecnológico Itaipu) vem implementando o uso de aeronaves não tripuladas, os drones, em algumas de suas ações.

Os equipamentos são usados no monitoramento e acompanhamento de obras do Parque, da Itaipu ou de instituições parceiras.

De acordo com o gerente do Celtab (Centro Latino-Americano de Tecnologias Abertas), Miguel Diógenes Matrakas, entre as principais vantagens do uso de drones para captação de imagens está o alcance a locais de difícil acesso de forma segura para o profissional que está pilotando, além da otimização do uso de recursos, uma vez que outras alternativas como os satélites demandam altos investimentos.

Entre os projetos beneficiados com a aplicação dessa nova tecnologia está a construção da segunda ponte entre Brasil e Paraguai, sobre o Rio Paraná, entre Foz do Iguaçu e Presidente Franco.

No empreendimento, o PTI apoia a Divisão de Apoio Operacional (ODRA.CD) da Itaipu realizando voos quinzenais para captação de imagens que são utilizadas na geração de modelagens 3D que auxiliam as equipes técnicas na tomada de decisões em relação à obra.

Além disso, está sendo realizado o acompanhamento da evolução da rota da Perimetral Leste, uma via de acesso direto entre a Avenida das Cataratas e a BR-277.

Já na Vila A, os drones do PTI registram a transformação do antigo espaço da Cobal que dará lugar ao Mercado Municipal de Foz do Iguaçu.

Novo acesso ao PTI

Captar imagens de uma construção com cerca de 2,7km de trajeto não é tarefa fácil. Esse é o caso das obras de implantação da nova entrada do PTI, que vai permitir o acesso diário de quase 7 mil pessoas, de forma independente da Barreira de Controle de Itaipu.

Nesse cenário, os drones apresentam a solução ideal para o levantamento de informações sobre o andamento das obras. “Ao captar imagens no nível horizontal, nem sempre conseguimos visualizar a real evolução da obra. Já o acompanhamento com imagens aéreas, feitas a partir de drones, nos apresenta um panorama mais completo”, explicou o gerente de Infraestrutura e Obras do PTI, Rudi Eduardo Paetzold.

Todos os drones usados no PTI estão cadastrados na Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) e os técnicos possuem habilitação para pilotar os equipamentos.