Cotidiano

TCE inicia auditoria no sistema prisional

O custo médio naquele período foi de R$ 35 mil por preso, um dos mais elevados do País

Curitiba – O argumento de que o Paraná investe pouco no sistema prisional não encontra sustentação nos números oficiais. Em 2016, o Estado investiu nada menos que R$ 720 milhões para manter uma população carcerária de 20 mil pessoas. O custo médio naquele período foi de R$ 35 mil por preso, um dos mais elevados do País.

Se é assim, por que o setor enfrenta tantos problemas, como sucessivas fugas e facilidade para o ingresso de celulares e drogas, por exemplo, nas delegacias e penitenciárias mantidas com recursos estaduais?  Em busca de respostas para essa indagação, o TCE (Tribunal de Contas do Estado) deu início ontem a uma auditoria que vai traçar uma espécie de raio-X do sistema penitenciário.

Uma comissão formada por oito analistas e técnicos de controle do próprio Tribunal, sob o comando de Denise Gomel, terão que apresentar um completo diagnóstico em até 60 dias, conforme portaria publicada no Diário Eletrônico da própria corte. O estudo vai avaliar a eficácia do gasto público no setor, impor medidas corretivas e, se necessário, responsabilizar gestores pelas irregularidades detectadas.