NOVA YORK – O suspeito pela explosão em Nova York que deixou 29 feridos durante o fim de semana, Ahmad Khan Rahami, deixou um bilhete perto de uma bomba em panela de pressão que não explodiu. Segundo a CNN, a nota fazia comentários elogiosos em relação ao ataque de 2013 à Maratona de Boston, que deixou três mortos e mais de 260 feridos.Rahami viajou várias vezes ao Afeganistão e ao Paquistão nos últimos anos, segundo forças de segurança. De acordo com um homem que se identificou como amigo de infância do atirador, ele teria aparentemente se radicalizado religiosamente. Rahami já havia sido preso em 2014 por agressão agravada com faca, e havia sido detido por outros incidentes anos antes. nova york
? Em certo ponto ele foi para o Afeganistão e voltou há dois anos, surgiu do nada e estava muito religioso. Foi chocante. Estou tentando entender o que está acontecendo. Nunca o vi assim ? disse ao “Herald” Flee Jones, 27 anos.
Jones relatou que ele deixou a barba crescer e passou a usar vestimentas islâmicas.
? Ele parecia uma pessoa completamente diferente. Ficou sério e fechado.
Em 2011 ? antes mesmo dos relatos de que havia mudado ? Rahami visitou o Afeganistão e o Paquistão, chegou a se casar com uma cidadão local.
Segundo autoridades policiais, Rahami foi ao Afeganistão diferentes vezes e era questionado na volta ao país ? um procedimento de praxe ? a cada volta, mas nunca entrou na mira das autoridades por suspeitas de radicalização.
Outro conhecido, Andre Almeida, mora perto e visita o restaurante ocasionalmente. Ele disse que notou uma “diferença marcante”, mas não tinha nenhuma conclusão sobre o fato, relatou o “New York Times”.
Segundo documentos judiciais, Rahami foi preso em 2014 por esfaquear uma pessoa. Passou três meses numa prisão estadual, mas não acabou indiciado. Em 2012, ele já havia sido detido por violar uma ordem de restrição, e, em 2008, por não pagar multas de trânsito.
A nota escrita a mão encontrada perto da outra bomba não explodida (a quatro quarteirões de onde o atentado feriu 29 pessoas), que não teve conteúdo divulgado, elogiava os autores do atentado da Maratona de Boston, segundo a CNN. O método a ser utilizado era o mesmo: uma panela de pressão com fertilizante, pó de alumínio e peças de metal, numa técnica que provocaria ferimentos sérios em um número grande de pessoas.
O pai do suspeito foi visto por vizinhos queimando um computador no quintal de sua casa em Elizabeth, Nova Jersey, dias antes do ataque, de acordo com o jornal ?New York Times?.
Novos detalhes começaram a surgir sobre Rahami, 28 anos, após sua captura. Sua família é proprietária de um restaurante da rede de fast-food First American Fried Chicken, instalado no piso térreo de sua residência. O suspeito e seus irmãos chegaram a trabalhar no estabelecimento, administrado pelo pai, Muhammad Rahami.
Devido à reclamação de moradores, que se queixavam do tumulto causado por clientes, a Câmara Municipal da cidade aprovou uma lei forçando o restaurante a fechar mais cedo, de acordo com o prefeito Christian Bollwage. Antes, a lanchonete ficava aberta por toda noite.
O pai chegou a processar a Câmara, alegando que a decisão tinha sido discriminatória e motivada pela etnia muçulmana da família. Certa vez, o irmão mais velho de Ahmad entrou em confronto com a polícia que tentava fechar o restaurante.
? Foram queixas de vizinhos, não tinha nada a ver com a sua etnia ou religião ? justificou o prefeito. ? Tinha a ver com o barulho e as pessoas se reunindo nas ruas.
O ataque em Nova York feriu 29 pessoas. Feita com panela de pressão, a bomba foi colocada em uma lata de lixo. Horas depois, a polícia encontrou um artefato semelhante a poucas quadras de distância, que foi desarmado. No mesmo dia, uma bomba explodiu em uma corrida de rua em Nova Jersey, sem causar feridos. Ele também é associado ao crime. Polícia busca suspeito após ataques em NY
