Cotidiano

Suspeitas de planejar atentado com botijões de gás em Paris são indiciadas

notre_dame_afp-2738656.jpgPARIS – As três mulheres suspeitas de planejar um atentado na França teleguiado desde a Síria pela Internet foram acusadas na noite desta segunda-feira por juízes, principalmente pelo crime de associação terrorista criminosa, e estão presas, anunciou a procuradoria de Paris.

Ines Madani, de 19 anos, e Sarah Hervouët, de 23 anos, também são acusadas de tentativa de assassinato de pessoas detentoras de autoridade pública em relação com um ato terrorista, e Amel Sakaou, de 39 anos, por cumplicidade com este delito. Mohamed Lamine Aberouz, de 22 anos, companheiro de Sarah Hervouët, foi denunciado por não comunicar um crime terrorista. BOTIJÕES

As três mulheres foram detidas dias atrás na região parisiense após a descoberta de um carro carregado de botijões de gás próximo à catedral de Notre Dame, na capital francesa.

Para a Polícia, as três mulheres pensavam em tentar de novo praticar o atentado depois do ataque com o carro explosivo ter fracassado.

O comando de mulheres – do qual se conhecia a radicalização islamita das duas mais jovens – tinha como alvos potenciais estações de Paris e sua região, assim como policiais, e também planejavam usar cinturões explosivos e lançar carros contra edifícios, segundo fontes próximas à investigação.

Segundo os primeiros elementos da investigação, Ines Madani abandonou o carro que não explodiu em uma rua estreita da margem esquerda do Sena, com uma cúmplice, Ornella Gilligmann, também denunciada e presa.

Logo antes de sua detenção, Sarah Hervouët atacou um policial com uma faca e o feriu no ombro. Ines Madani se lançou contra outro funcionário com a faca nas mãos, mas o policial a feriu.

Suspeito também de querer participar do ato, um adolescente radicalizado de 15 anos, detido no sábado em Paris, também foi denunciado na segunda-feira por associação terrorista criminosa em uma causa distinta, e foi preso, anunciou a procuradoria de Paris.

A Polícia percebeu um ponto em comum entre os dois casos: os contatos mantidos pela internet por estas mulheres e pelo menor com o extremista francês Rachid Kassim, de 29 anos, suspeito de guiar desde a zona síria-iraquiana seus seguidores utilizando o serviço de mensagens criptografadas Telegram.