ESTOCOLMO – O Reino Unido deve evitar medidas drásticas para cortar taxas corporativas enquanto se prepara para começar as negociações de saída da União Europeia, alertou o primeiro-ministro da Suécia, Stefan Loefven, neste domingo. O premier da maior economia da região escandinava também afirmou que a saída do país do bloco econômico ?não deve durar mais o que o necessário?.
? Se o Reino Unido quiser algum tempo para pensar sobre a situação, isso também dará tempo aos países da UE ? disse a autoridade em entrevista à Bloomberg após discursar em Estocolmo. ? Por outro lado, escuta-se planos no Reino Unido para, por exemplo, reduzir taxas corporativas consideravelmente. Se eles, nesse período, começarem esse tipo de corrida, isso certamente tornará as negociações mais difíceis.
Os legisladores britânicos agora lidam com as consequências do referendo em junho que definiu a saída da UE e miram o primeiro semestre do próximo ano para começar negociações formais. A nova primeira-ministra do Reino Unido, Theresa May, tem atrasado a saída enquanto reúne uma equipe a ser preparada para os debates.
Ao mesmo tempo, Philip Hammond, secretário do Tesouro britânico, já indicou que o país está pronto para ?reiniciar? a política fiscal através de cortes de impostos corporativos, entre outras medidas, para apoiar a economia.
Loefven, que se reunirá com a chanceler alemã Angela Merkel na sexta-feira na Alemanha, disse que qualquer ?agressividade da Grã-Bretanha quanto a essas questões não melhora a relação (com os países da UE)?.
Para a Suécia, haverá mais espaço de manobra uma vez que se recupera de seus déficits fiscais, disse o primeiro-ministro. No domingo, ele anunciou planos para instruir um adicional de 3,6 mil professores. Na quarta-feira, a ministra das Finanças, Magdalena Andersson, apresentará novas projeções econômicas e fiscais antes das negociações orçamentárias.
? Continuaremos a investir, porque é o futuro ? sustentou Loefven. ? Cortes de impostos não são o futuro. Precisamos continuar a investir e, por exemplo, garantir que nossas crianças tenham uma boa educação.