Cotidiano

Só 37% do rebanho está vacinado contra a brucelose

O programa tem o objetivo de efetuar o controle, para posterior erradicação, da brucelose e tuberculose nas espécies animais de interesse econômico

Cascavel – A sanidade dos bovinos e a luta contra as zoonoses – doenças que podem ser transmitas entre homens e animais – foi o tema da palestra de Mariza Koloda, coordenadora do Programa Estadual de Contenção e Erradicação de Brucelose e Tuberculose da Adapar (Agência de Defesa Agropecuária do Paraná), no 2º Show Pecuário, ontem. Ela alertou sobre os baixos índices de vacinação contra brucelose no rebanho de Cascavel, que está atualmente em apenas 37% dos animais. “Com vacinação do rebanho, não há brucelose. Precisamos conscientizar os produtores quanto a isso”, frisou.

O programa tem o objetivo de efetuar o controle, para posterior erradicação, da brucelose e tuberculose nas espécies animais de interesse econômico (bovinos, bubalinos), objetivando aumentar a oferta de produtos de baixo risco para a saúde pública. Entre as ações desenvolvidas por ele estão: orientação a produtores rurais na prevenção e controle da brucelose e da tuberculose e no saneamento dos rebanhos; controle da distribuição dos antígenos e alérgenos, respectivamente utilizados no diagnóstico da brucelose e da tuberculose; controle dos resultados do diagnóstico da brucelose e da tuberculose; vacinação de bezerras contra a brucelose; controle da comercialização e do uso das vacinas contra brucelose; cadastramento de Médicos Veterinários para vacinação contra brucelose e certificação de propriedades como Livres ou Monitoradas para brucelose e tuberculose.

Segundo Mariza, os índices registrados no Paraná de brucelose atualmente são: 4,1% das propriedades e 1,73% dos animais. Já os de tuberculose no Estado são: 2,1% das propriedades e 0,4% dos animais.

Para combater a brucelose, o caminho é a vacinação do rebanho. No Paraná este ano o índice está em 48% dos animais. “Já Cascavel está com números muito baixos. Atualmente, somente 37%. Até o fim do ano, esse número deve fechar em no máximo 60%. Os produtores precisam entender que a vacinação é obrigatória e caso não fizerem, serão autuados”.

Tuberculose

Quanto à tuberculose, Mariza Koloda citou que entre os caminhos para evitar a disseminação da doença está a realização de exames constantes e cuidados no manejo, como a manutenção de uma certa distância entre os animais e zelar pela limpeza dos ambientes. “Vale lembrar que é exigido, pelos laticínios, a realização dos exames no rebanho para a compra do leite”.