Cotidiano

Sindicato recorre ao Procon contra o fechamento de agência

Além da extinção das agências, outras 379 serão transformadas em postos de atendimento e 10.524 cargos serão extintos

Cascavel – Ontem, diretores do Sindicato dos Bancários de Cascavel e Região estiveram no Procon de Cascavel, onde se reuniram com o coordenador geral do órgão, Juliano Tolentino, a quem solicitaram ação contra o fechamento da agência São Cristóvão, do Banco do Brasil.

A desativação dessa unidade faz parte do programa de reestruturação da instituição, recentemente anunciado pelo governo federal e que prevê o fechamento de 837 agências em todo o Brasil. Além da extinção das agências, outras 379 serão transformadas em postos de atendimento e 10.524 cargos serão extintos por meio de um plano de incentivo à aposentadoria.

A agência do BB no São Cristóvão tem vinte funcionários, conta com sete mil contas de pessoas físicas e jurídicas e presta cerca de mil atendimentos diários.

Na reunião com Juliano Tolentino, o Sindicato dos Bancários de Cascavel e Região esteve representado pelo presidente Gladir Basso (que preside também a Federação da classe do Paraná), pelos diretores Antônio Ribas Maciel Júnior e Júlio Miotto, além do advogado Cláudio de Lara, do Departamento Jurídico do Sindicato. Pelo Procon, participou do encontro também a fiscal do órgão Diana Vieira de Lima Souza.

De acordo com Gladir Basso, o Sindicato recorreu ao Procon,  porque compete a este órgão tomar as medidas cabíveis para evitar danos aos consumidores e por consequência aos trabalhadores bancários. Segundo ele, na audiência o Sindicato propôs uma ação civil pública para evitar o fechamento da agência São Cristóvão.

Entre as possíveis consequências da reestruturação do BB, os diretores do Sindicato argumentaram ao chefe do Procon a  sobrecarga de trabalho, que já é grande, sobre os bancários das agências que absorverem a clientela da unidade a ser fechada, e consequentemente, maiores problemas e dificuldades de atendimento aos clientes e usuários do Banco do Brasil, inclusive com o aumento das filas.

Gladir Basso frisa que a grande preocupação do Sindicato é com os funcionários do BB, pois muitos sofrerão descomissionamento, mudança de função, além de terem de se realocar em outros espaços de trabalho, muitas vezes sem as mesmas condições da agência anterior. Além disso, com o programa de demissão, há a preocupação com a redução de pessoal, o que levará à sobrecarga de trabalho ainda maior.