Nesta segunda-feira (19), diretores do Sindicato dos Bancários de Cascavel e Região estão coletando assinaturas em frente à agência São Cristóvão, do Banco do Brasil. O abaixo-assinado será enviado posteriormente ao Procon e ao Ministério Público, para que intervenham contra o fechamento desta unidade do Banco do Brasil, explicou o presidente do Sindicato, Gladir Basso, que preside também a Federação dos Bancários do Paraná.
A desativação da agência São Cristóvão faz parte do programa de reestruturação da instituição, recentemente anunciado pelo governo federal e que prevê o fechamento de 837 agências em todo o Brasil. Além da extinção das agências, outras 379 serão transformadas em postos de atendimento e 10.524 cargos estão sendo extintos por meio de um plano de incentivo à aposentadoria.
A agência do BB no São Cristóvão tem vinte funcionários, conta com sete mil contas de pessoas físicas e jurídicas e presta cerca de mil atendimentos diários.
Recentemente, diretores do Sindicato estiveram no Procon de Cascavel, onde se reuniram com o chefe do órgão, Juliano Tolentino. Na ocasião, o Sindicato solicitou a intervenção do Procon para que a referida agência não seja desativada, quando foi orientado a fazer um abaixo-assinado para que os consumidores (clientes e usuários do BB) se manifestassem contra o fechamento da unidade bancária.
De acordo com Gladir Basso, o Sindicato está agora fazendo o abaixo-assinado para que o Procon e o Ministério Público, embasados na vontade dos consumidores, possam gestionar pelos meios legais, contra a desativação da agência São Cristóvão do BB.
Entre as possíveis consequências da reestruturação do BB, o Sindicato argumenta a sobrecarga de trabalho, que já é grande, sobre os bancários das agências que absorverem a clientela da unidade a ser fechada, e consequentemente, maiores problemas e dificuldades de atendimento aos clientes e usuários do Banco do Brasil, inclusive com o aumento das filas.
Gladir Basso frisa que a grande preocupação do Sindicato é com os funcionários do BB, pois muitos sofrerão descomissionamento, mudança de função, além de terem de se realocar em outros espaços de trabalho, muitas vezes sem as mesmas condições da agência anterior. Além disso, com o programa de demissão, há a preocupação com a redução de pessoal, o que levará à sobrecarga de trabalho ainda maior.
