Cotidiano

Simone Zuccolotto estreia programa sobre o terror no cinema nacional

RIO – Gênero que ganhou fôlego nos últimos anos no cinema nacional, o terror vai muito além dos filmes de José Mojica Marins, intérprete do mítico Zé do Caixão. Com roteiro, direção e apresentação de Simone Zuccolotto, a série ?Nas sombras do medo ? O cinema de terror no Brasil? faz um apanhado das principais produções e resgata a história do gênero no país. Com seis episódios de 25 minutos cada, a atração semanal estreia nesta segunda, dia 31, às 21h, no Canal Brasil.

? Em 2010 foram lançados três filmes brasileiros de terror. No ano passado foram 18, um aumento de 600% ? observa Simone, também crítica de cinema do GLOBO, que se dedicou um ano ao programa, entre pesquisas, entrevistas, roteiro e edição.

Apresentadora do ?Cine jornal?, da ?Sessão interativa? e das premiações de cinema transmitidas pelo Canal Brasil, Simone gravou entrevistas no Rio, em São Paulo e em Porto Alegre para a série.

? Abro os episódios com um realizador contando histórias curiosas de bastidor. O Rodrigo Aragão (diretor de ?Mar negro?, de 2013), que é uma grande promessa, está no primeiro episódio ? adianta a apresentadora.

PAINEL DIVERSO

Simone entrevistou aproximadamente 20 pessoas ligadas ao gênero no Brasil. Estão lá desde José Mojica Marins, que atualmente tem 80 anos, até nomes como Kleber Mendonça Filho, Carlos Primati, Ivan Cardoso, Walter Lima Jr. e Gabriela Amaral Almeida.

? Os novos filmes do Andrucha Waddington e do Vicente Amorim têm elementos de terror. Já a Gabriela, da nova geração, rodou ?O animal cordial?, que tem Irandhir Santos e Murilo Benício no elenco. Há vários atores e diretores do mainstream se voltando para o gênero.

Simone resgatou ainda preciosidades como ?O jovem tataravô? (1936), de Luiz de Barros, que seria o primeiro longa a trazer elementos do terror no cinema brasileiro.

? Vi mais de 50 filmes para a série e procurei fazer um painel diverso. Tentei não ser cronológica, mas falo sobre esse primeiro filme com elementos de terror, da centralidade do Mojica nos anos 1960, do flerte do cinema marginal, da Boca do Lixo e das pornochanchadas, com o gênero.

Subgêneros como o terrir e o gás que o terror nacional ganhou com o surgimento da tecnologia digital também serão abordados ao longo dos programas.