Cotidiano

Simon diz que PT chegou à situação atual por ?vaidade? e por querer se perpetuar no poder

PORTO ALEGRE ? Depois de participar de uma caminhada e de um ato no centro de Porto Alegre ao lado do candidato do PMDB à prefeitura, e vice-prefeito licenciado, Sebastião Melo, o ex-senador Pedro Simon disse que a “vaidade” do PT levou à situação atual do partido, com a prisão de nomes como Antonio Palocci, detido nesta segunda-feira na nova fase da Lava-Jato. Simon, que já foi próximo do ex-presidente Lula, disse que o PT esqueceu das bandeiras do partido e resolveu agir para manter o partido no poder. Simon e Melo são da chamada ala independente do PMDB: votaram em Marina Silva no primeiro turno da eleição de 2014 e depois no candidato Aécio Neves (PSDB) e não na chapa Dilma Rousseff-Michel Temer.

? Eles (os petistas) fizem quase o limite do possível para crescer, cresceram, e tinham tudo para mudar o Brasil. Mas a vaidade, a ganância para ganhar fez com que esquecessem as bandeiras e partissem para montar um capital de recursos para se perpetuar no poder. Só podia terminar como terminou ? disse Simon, ao GLOBO, depois do encerramento do ato na chamada Esquina Democrática, que fica no Centro de Porto Alegre e é palco de manifestações políticas de todas as tendências.

Já o presidente regional do PSB, o ex-deputado Beto Albuquerque (RS), foi irônico. Beto foi vice na chapa de Marina Silva, em 2014.

? Como sempre disse o Lula, quem não se envolve em crime não é preso. O PT gosta muito de ser apoiado apenas. Tenho muita decepção como homem de esquerda. Há coisas que um militante de esquerda não pode fazer. A Dilma pagou o preço de não ter feito a reforma política ? disse Beto Albuquerque, que também participou do ato de Melo.

Quanto ao PMDB nacional, do presidente Michel Temer, Simon disse apenas que o partido no Rio Grande do Sul sempre atuou de forma independente e ressaltou que os temas nacionais não têm entrado na campanha municipal.

O programa eleitoral de Melo não mostrou e nem vai mostrar caciques nacionais, nem Temer. Até agora, nem parlamentares estavam aparecendo, apenas o candidato e a vice, Juliana Brizola, além do prefeito da cidade, José Fortunati, que foi ao ato.