Educação

SimMom: acadêmicos da área de saúde recebem simulador de partos

A tecnologia recém-chegada será uma importante ferramenta nas aulas

Aprender a tomar rápidas decisões durante o momento do parto pode significar a diferença entre a vida e a morte do paciente. Os acadêmicos da área da saúde do Centro Universitário FAG ganharam uma importante aliada no Laboratório de Habilidades para o treinamento específico do parto normal: é a SimMom®, um simulador de parto avançado que oferece soluções para alunos praticarem e se prepararem para eventos críticos e possam salvar mais vidas.

Um grupo de acadêmicos e professores de Medicina e Enfermagem participou de um treinamento realizado pela enfermeira especialista educacional da Laerdal, marca do simulador, Tatiely Vieira. "Ela possibilita quatro tipos de partos automáticos: occipital anterior, occipital posterior, distorce de ombro e parto pélvico. Também é possível fazer com bolsa amniótica íntegra e ainda as patologias de útero, como atonia uterina, retenção placentária e útero invertido. O aluno realmente enfrentará condições bem próximas à realidade", explica.

O simulador acompanha um software, que possibilita a mudança de qualquer parâmetro, como sinais vitais, ritmo cardíaco e sons de ausculta cardíaca ou pulmonar. A tecnologia recém-chegada será uma importante ferramenta nas aulas e complementa o Laboratório que já conta com o SimMan®, da mesma empresa. "Poucas universidades têm acesso a isso", destaca Tatiely.

O obstetra da Fundação Hospitalar São Lucas e professor de Ginecologia e Obstetrícia do curso de Medicina da FAG, Marcelo Pontual, participou do treinamento e se encantou com o que viu. "É impressionante como é semelhante ao ser humano. Vários cenários que eu não esperava são possíveis com ela. Com a simulação, você tem a possibilidade de criar várias situações, que não são frequentes no dia a dia para um grande número de pessoas. O aluno tem poucas oportunidades de fazer partos reais, por uma questão ética, e o boneco possibilita isso", comenta.

A acadêmica de Medicina, Paula Rissi Nogari, começou neste semestre o Estágio em Ginecologia e Obstetrícia e aprovou a experiência nova com o simulador. "É bem próximo do real, as peças anatômicas que acompanham a boneca também nos auxiliam no treinamento para fazer o toque, ver dilatação. É muito interessante", relata.

A professora de Enfermagem, Vanessa Engelage, também recebeu as orientações para utilizar o simulador em suas aulas no próximo semestre. "Poderemos colocar situações-problema para que o aluno possa tomar decisões de forma rápida. É importante para que eles aprendam a perceber alguma complicação no parto para dar suporte à equipe médica. O enfermeiro pode fazer partos normais, então essa vivência o coloca mais próximo da realidade", frisa.