Cotidiano

Setembro Vermelho: infarto pode ser evitado

Doenças cardiovasculares como hipertensão, infarto, acidente vascular cerebral (AVC) e insuficiência cardíaca, matam cerca de 350 mil brasileiros, segundo a OMS (Organização Mundial de Saúde). Visando conscientizar a população sobre a importância da prevenção e do diagnóstico precoce, a fim de diminuir esses números, o Instituto Lado a Lado Pela Vida, criou, em 2014, a Campanha Setembro Vermelho, por ocasião do Dia Mundial do Coração, comemorado em 29 de setembro.

Os fatores de risco para os acidentes cardiovasculares podem ser divididos em modificáveis e não modificáveis. Entre os modificáveis estão: hábitos alimentares, atividade física, estresse e cessação do tabagismo. Predisposição genética para a formação de placas de arteriosclerose, as temidas placas de gordura responsáveis pela obstrução do fluxo de sangue ao coração, estão entre os fatores não modificáveis.

Medicina Nuclear

A Medicina Nuclear apresenta um papel fundamental no processo de avaliação de risco cardiovascular. A cintilografia de perfusão miocárdica é um exame que avalia se o fluxo de sangue para o coração está preservado ou não (a chamada isquemia, falta de fornecimento sanguíneo) e ainda consegue localizar qual a coronária deve ser tratada. Esse diagnóstico pode indicar o risco de infarto e evitá-lo, por meio da mudança de hábitos, por exemplo.

O PET-CT (Tomografia por Emissão de Pósitrons e Tomografia Computadorizada) também pode ajudar. Este exame permite determinar com precisão se uma área de músculo cardíaco foi perdida em um evento isquêmico ou se ainda há chance de recuperá-la com cirurgia ou angioplastia, a chamada pesquisa de viabilidade miocárdica. Esta técnica também pode ser utilizada na pesquisa de processos inflamatórios que eventualmente acometem o músculo cardíaco, como nas miocardites, no Lúpus Eritematoso Sistêmico ou na Sarcoidose, doenças potencialmente fatais quando se estendem ao coração.