Três anos após a implantação, o Programa Saúde do Viajante repassou aos municípios de Entre Rios do Oeste, Marechal Cândido Rondon, Mercedes e Pato Bragado recursos para auxiliar no atendimento a estrangeiros. A ação da Secretaria de Saúde do Paraná foi lançada em 2015 e já atendeu outros municípios da região, entre eles Guaíra, Foz do Iguaçu e Santa Helena. Ao todo, 18 cidades paranaenses contempladas dividiram R$ 3,9 milhões.
Os repasses do Estado ainda são pequenos e suplementam o total de verbas desembolsadas pelas prefeituras: apesar de a lei determinar que os municípios invistam 15% em saúde pública, esse gasto vai muito além na região oeste do Estado, sobretudo na região lindeira devido a essa superpopulação. “A média de investimentos que possuímos aqui na região supera os 26% justamente por essa procura pelo atendimento pelos estrangeiros”, diz Loffi.
Marechal recebeu do Estado R$ 1,3 milhão e as demais cidades, como Mercedes, Entre Rios do Oeste e Pato Bragado, uma média de R$ 140 mil cada uma, dividido em parcelas. Os recursos podem ser usados tanto para a compra de equipamentos, remédios e até salários dos médicos.
Hospital Municipal precário agrava situação
Se não bastasse a superpopulação de estrangeiros, algumas cidades da região têm um sobrepeso ainda maior: caso de São Miguel do Iguaçu e Santa Terezinha de Itaipu. Com as condições precárias do atendimento no Hospital Municipal em Foz do Iguaçu, as demais cidades assumem essa demanda. “Sentimos um aumento de pacientes em nossa rede, devido à situação crítica do Hospital Municipal, mas mantemos o atendimento a todos”, afirma o secretário de Saúde, Luiz Antonio Klajn.
Diferente das demais cidades, São Miguel do Iguaçu aprovou uma lei municipal estabelecendo atendimento a população estrangeira: a medida contempla todos os benefícios. “Regulamentamos essa demanda em virtude da procura intensa, com aval do Ministério Público”.
