Política

Será? Beto rifa Ratinho Jr e fecha com os Barros

Curitiba – O feriado de Carnaval esquentou a política paranaense. Embora nada haja de oficial, e deva permanecer assim por pelo menos mais um mês, parece que a toalha já foi jogada. Em encontro “casual” no litoral paranaense nesse fim de semana, o governador Beto Richa teria fechado acordo com o ministro Ricardo Barros e principal articulador da campanha a governadora de sua esposa e atual vice, Cida Borghetti. As informações são do Blog Contraponto e confirmadas por outras fontes à reportagem de O Paraná.

O que diz o acordo? Beto atende à vontade dos Barros, desincompatibiliza do cargo até 7 de abril e concorre ao Senado. Endossa a candidatura de Cida ao governo, em troca da manutenção de uma “pequena” lista de nomeados políticos. Para isso, escanteia de vez a candidatura do deputado estadual Ratinho Júnior ao Palácio Iguaçu, que contava com o apoio de Beto Richa, garantido lá atrás, ainda na campanha de 2014.

Em Cascavel na semana passada, Ratinho deu sinais de que o apoio de Beto estava incerto e fez questão de garantir que manteria sua candidatura, com ou sem o apoio do governo. Ele chegou a cogitar uma aliança com Cida, desde que mantido seu nome para governador. Qualquer outro cenário estava fora de cogitação.

Opções

As últimas pesquisas de intenção de voto colocaram Ratinho Jr. e Osmar Dias em empate técnico, com a Cida numa terceira posição, mas distante. De olho nesse cenário e com a dificuldade de Osmar diante da sua dependência fraterna com o senador Alvaro Dias (isso porque as coligações podem se chocar no caso das duas candidaturas, uma ao governo e outra à Presidência), o “acordão” de Beto pode alinhavar uma importante aliança entre esses dois principais nomes. Se as eleições fossem hoje, Ratinho e Osmar juntos garantiriam, com folga, a vitória ainda no primeiro turno.

Claro que há muita água para rolar e nós para desatar e atar.

Candidatos poderão gastar até R$ 9,1 milhões

Resolução do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), que disciplina os mecanismos de financiamento de campanha para as eleições de 2018, limita os gastos dos candidatos do Paraná em R$ 9,1 milhões para governador, R$ 3,5 milhões para senador, R$ 2,5 milhões para deputado federal e de R$ 1 milhão para deputado estadual. A resolução considera o tamanho de cada estado e, no caso do Paraná, entra na faixa entre 4 milhões e 10 milhões de eleitores.

Conforme o texto publicado no dia 2 no Diário da Justiça Eletrônico, além dos recursos partidários e doações de pessoas físicas, os candidatos poderão usar recursos próprios nas campanhas, o chamado autofinanciamento. “O candidato poderá usar recursos próprios em sua campanha até o limite de gastos estabelecido para o cargo ao qual concorre”, diz o texto da Resolução 23.553, cujo relator foi o ministro Luiz Fux, que desde o dia 6 ocupa a presidência do TSE.