Opinião

Ser varonil ou renunciar

O que tomamos por barreira não passa na maioria das vezes do emaranhado de nossos defeitos sistêmico

Ser varonil ou renunciar

O campo do trabalho, uma vez determinado, é aconselhável definir o espírito que deverá animar o trabalhador e trata-se, em primeiro lugar, antes de qualquer meio específico, de pô-lo em aplicação, de um espírito de zelo. “Instrui-te com tuas dúvidas”, diz Santo Tomás a seu discípulo.

Um espírito ativo está constantemente em busca de alguma verdade que é para ele, naquele instante, a figuração dessa verdade integral.

A inteligência é igual à criança, em cujos lábios os “por quê?” não têm fim. Um bom educador deixaria sem resposta essa inquietação tão fecunda? Não vai ele tirar proveito de uma curiosidade que desponta, como um apetite juvenil, para dar ao organismo espiritual nascente uma alimentação substancial?

Nossa alma não envelhece; ela está sempre em crescimento; com relação à verdade, ela será sempre uma criança. Estando nós próprios encarregados de sua educação permanente, não devemos, tanto quanto possível for, deixar sem solução nenhum dos problemas que se apresentarem no decorrer de nosso trabalho nem sem conclusão apropriada nenhuma de nossas investigações.

Que você fique sempre à escuta da verdade. Enquanto estivermos na verdade, o espírito se encarrega de nos enviar profetas, homens, coisas, livros e eventos. Manter nossa alma atenta e considerar tudo, pois a graça que nos é apresentada passa e não mais voltará.

Muitas vezes, fico refletindo sobre o saber, de como ele é belo e infinito. Deparo-me com vários sentimentos que desafiam a minha própria vontade de continuar estudando, evoluindo.

Mas, tem um sentimento que ceifa o saber. A indolência, que trata o esforço com náuseas, achando que o ritmo constante e intenso do trabalho é um martírio. Caros leitores, uma energia varonil é vital para o constante enfrentamento, do contrário, renuncie ao estudo.

Encontrei um trecho perfeito para complementar esse pensamento, das anotações de Leonardo Da Vinci: “Tu, ó Deus, Tu vendes todos os bens aos homens pelo preço do esforço”. Leonardo mantinha esse fundamento forte em sua memória.

Um avião não pode se manter no alto, em cruzeiro, se suas turbinas não estiverem em rotação suficiente, onde parar significa desabar. No oposto, superar os limites de nossos sonhos, exige sermos pertinazes.

Teólogo francês, Jacques Bénigne Bossuet escreveu: “O espírito do homem pode descobrir até o infinito, apenas sua preguiça impõe limites à sua sabedoria e suas descobertas”.

O que tomamos por barreira não passa na maioria das vezes do emaranhado de nossos defeitos sistêmicos, baixa ou nenhuma percepção da realidade.

Iremos, sim, tropeçar, protelar. Mas conceber, projetar e executar transbordará em nossas plenitudes, de imagem e semelhança do criador.

Juliano Gazola é fundador da Bioliderança® no Brasil, business executive coach, reprogramador biológico

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