Cotidiano

Ser portador de doença não exclui custódia de Cunha, diz Depen

CURITIBA – O chefe do Departamento Penitenciário do Paraná (Depen), Luiz Alberto Cartaxo, disse na tarde desta quarta-feira que o fato de o ex-deputado ser portador de doença – aneurisma – “não exclui sua custódia”. Segundo Cartaxo, em 21 de dezembro do ano passado, dois dias depois de chegar ao Complexo Médico Penal (CMP), em São José dos Pinhais, na região metropolitana de Curitiba, Cunha foi submetido a uma entrevista com médico. Na ocasião, ele teria relatado ter diversas enfermidades decorrentes de pressão alta e origem cardiovascular, entre elas um aneurisma cerebral.

– A médica que o atendeu disse que ele deveria pedir a advogados e à família que encaminhassem exames e orientações sobre o tratamento que lhe cabe (…) Ele toma medicamentos para pressão alta e problemas vasculares, o que não o impede de ter uma vida normal. Ser portado da doença não exclui sua custódia. Ele teria a mesma condição de ruptura dirigindo um carro, andando de ônibus, estando em casa ou passeando de helicóptero. O que tem que ser controlado em relação à saúde dele é sua pressão arterial – afirmou Cartaxo.

O diretor do Depen disse não ter chegado a solicitar ao juiz da 13a Vara Federal em Curitiba, Sérgio Moro, a realização do exame, em função da recusa do paciente.

– Não comuniquei ao juiz sobre o pedido. Temos ótima relação, onde ele me informa: “os procedimentos que o senhor precisa tomar lá, o senhor só faça e me comunique”, segundo Cartaxo.

Por negar-se a ser submetido procedimento médico, Cunha recebeu um registro de infração disciplinar leve na ficha criminal.

– Ele pode exigir um médico particular para determinado problema. Mas eu, como chefe de sua custódia, posso determinar que ele faça um exame – disse o delegado, para quem a punição a Cunha pode ser comparada a “uma nota vermelha no boletim”.