Cotidiano

Senado dos EUA derruba veto a porte de armas por deficientes mentais

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WASHINGTON ? A maioria republicana no Senado dos EUA, aprovou, nesta quinta-feira, descartar uma norma que ampliava a checagem extensa para beneficiários do Serviço Social com deficiência mental ? o que impedia, até então, que aqueles com graves doenças psicológicas tivessem porte de armas. Os cerca de 75 mil beneficiários que se enquadram nos critérios têm transtornos mentais tão graves que não podem trabalhar e precisam de um representante para administrar suas prestações, por isso não estavam aptos a portar armas de fogo.

A ação foi aprovada por 53 votos a 47, após a Câmara aprovar a medida por 235 a 180. Esta é a primeira de uma série de ações que o Congresso toma para reverter o que consideram uma regulamentação excessiva no governo de Barack Obama.

Casos marcantes de ataques com armas nas mãos de pessoas com deficiências mentais, doenças ou distúrbios chocaram os EUA. Em 2012, o jovem Adam Lanza matou 20 crianças e outros adultos a tiros na escola primária Sandy Hook, em Connecticut. Segundo a família, ele sofria de transtornos de personalidade e autismo.

Legisladores criticaram a norma de Obama, que, segundo eles, reforçaria um estereótipo de que pessoas com um transtorno mental são perigosas.

? Não há nenhuma evidência sugerindo que aqueles que recebem benefícios por invalidez são uma ameaça à segurança pública ? disse o republicano Bob Goodlatte, presidente do Comitê Judiciário da Câmara.

Os democratas criticaram a votação, argumentando que a oposição estaria sendo favorável à lobista Associação Nacional do Rifle (NRA), que se opôs a norma.

? Temos o direito de proteger nossos entes queridos que poderiam usar uma arma contra si mesmos ou seus familiares ? rebateu o democrata Jim McGovern.