Cotidiano

Senac RJ recebe debate sobre a revolução das mídias digitais

Foto palco.jpgA era digital tem provocado grandes transformações na maneira como a sociedade consome informação, cultura, entretenimento e até serviços. Para discutir essa revolução promovida pela tecnologia, o auditório do Senac RJ foi palco do seminário ?Evolução das Mídias na Era Digital?, realizado por O GLOBO, em celebração aos 20 anos do site do jornal.

O evento reuniu os profissionais mais antenados do cenário digital, de mercados como publicidade, jornalismo e economia colaborativa, na sede da instituição, no Flamengo. Professores de centros de referência acadêmica, como a Universidade de Stanford (Estados Unidos) e o próprio Senac RJ, também participaram da discussão sobre os panoramas atual e futuro das mídias.

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Entre os painéis realizados no dia de 28 de julho, um dos mais concorridos foi o com o tema ?Experiência do Usuário no Consumo de Conteúdo Digital?. O designer de interação Edson Ruffino, professor da Graduação e da Pós-Graduação do Senac RJ e de outras instituições, iniciou a discussão afirmando que, antes de tudo, é necessário ter um conhecimento profundo sobre quem é o usuário:

? Precisamos compreender as necessidades do público e criar um conteúdo de acordo com as mais variadas realidades, gostos e individualidades.

Edson Ruffino - SENAC Frase.jpgDebatedor do painel junto com Ruffino, e também designer Sergio Salvador, diretor da área de Experiência do Usuário da agência Huge, ressaltou outro ponto da questão. Segundo Salvador, o consumidor assumiu o controle da situação. Agora, não é mais o leitor que vai atrás do conteúdo. É o conteúdo que deve alcançar o leitor.

? O comportamento do usuário mudou. Em 2014, o jornal The New York Times já anunciava: ?a homepage morreu?. Isso porque nós não controlamos mais qual é a porta de entrada do usuário no site. Hoje, para chegar a um conteúdo específico, geralmente a via de acesso é um link postado em uma rede social. Então, precisamos entender essas novas formas de acesso.

Sendo assim, torna-se fundamental saber, por exemplo, como o Google organiza seus resultados de busca, como o Facebook dispõe os conteúdos na timeline de seus usuários, e até que tipo de imagem gera mais likes no Instagram. Tudo isso é importante e deve ser considerado nesse novo cenário.

Mediadora do painel, a jornalista Cristina De Luca resumiu em uma frase a marca desse cenário que exige busca constante pela inovação:

? Quando falamos de tecnologia, ontem já é antigamente, e o futuro já é amanhã.

Sete painéis e muitas discussões

Ao todo, o evento contou com sete painéis, que trouxeram diferentes perspectivas da evolução tecnológica. O primeiro contou com a participação de Luis Olivalves, head de parcerias de mídia do Facebook para a América Latina. Olivalves falou sobre a relação das mídias sociais com a produção de conteúdo dos jornais.

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Outro painel do dia teve como tema os sites e aplicativos de economia colaborativa que estão mudando a cara de alguns mercados. O gerente geral do Uber, Guilherme Telles, foi um dos debatedores. Ele falou sobre o app de gerenciamento de motoristas particulares que sacudiu o mercado de táxis no país.

3 (1).jpgO sétimo e último painel do dia foi capitaneado pelo pesquisador Howard Rheingold, celebrado ex-professor da Universidade de Stanford (EUA). Entre outros temas, o expert abordou os impactos da era digital no dia a dia das pessoas.

? Alguém aí está preocupado com a forma com que deixamos de interagir com a nossa família para ficarmos ligados em smartphones e redes sociais? Eu estou. As pessoas sempre me perguntam se essa mudança de hábitos é boa ou ruim. A verdade é que depende muito da forma com que cada um utiliza a internet ? concluiu Rheingold, considerado uma das mentes mais criativas da Vale do Silício, a região americana polo mundial de inovação.

Mais informações e vídeos sobre o evento no link:


Especialistas debatem a evolução das mídias na era digital