Política

Semana de Conscientização sobre Parto Humanizado

Durante a discussão sobre o projeto de Lei que institui a Semana de Conscientização sobre Parto Humanizado em Cascavel, o vereador Jorge Bocasanta levantou uma questão polêmica: a possibilidade de escolha das mulheres que não tem condição de pagar o parto em um hospital ou clínica particular e que dependem do SUS (Sistema Único de Saúde) e que querem um parto ‘humanizado’. A falta de estrutura na Saúde foi questionada por diversos vereadores na Casa de Leis.

“Falar em parto humanizado é falar em iniciativa privada, enquanto no serviço público pessoas estão nascendo no chão”, lamentou o legislador, que também é médico obstetra.

“Quem tem dinheiro consegue escolher o médico, o hospital e de que forma quer fazer o parto. Vamos humanizar o HU, minha gente, quem nasce em cima de uma maca”, sugeriu.

Para Boca, o ideal é que o Município construa um hospital municipal com maternidade e disponibilize a possibilidade do parto humanizado, com acompanhamento de dolas. “O SUS obriga as mulheres a ter parto normal. De cada quatro partos, três tem de ser normais. Se eu fizer vinte partos normais, eu recebo os vinte. Se eu fizer dez normais e dez cirurgias, eu recebo os normais e cinco cesarianos. O restante o sistema não aceita. Inclusive nem homens podem ficar lá dentro no HU, porque não tem estrutura. Somos um país de quinto mundo”, desabafou.

O Projeto

O projeto, aprovado em primeira votação, institui a Semana de Conscientização sobre o Parto Humanizado em Cascavel, tem o objetivo

proporcionar maior acesso às mulheres sobre seus direitos enquanto gestantes e autonomia para suas escolhas no momento do parto.