Quedas do Iguaçu – Milhares de sem-terra espalhados pelo Paraná realizaram ontem protestos contra a votação da Reforma da Previdência. Logo nas primeiras horas da manhã desta segunda-feira, um grupo munido de faixas e cartazes, bloqueou um trecho da BR-158 entre Rio Bonito do Iguaçu e Saudades do Iguaçu. Nem mesmo a chuva impediu a mobilização, que se arrastou ao longo do dia e terminou perto das 18h.
Já entre Guarapuava e Pinhão, outro grupo do MST interditou parcialmente o trecho da PR-170, na região central do estado. A Polícia Rodoviária Estadual acompanhou o protesto de perto e controlou o trânsito no km 392 da rodovia. A passagem era liberada apenas para ambulâncias, ônibus de transporte rodoviário e caminhões com carga viva e veículos de órgãos de segurança. O fluxo era liberado naquele trecho a cada uma hora.
Conforme líderes do movimento, o protesto faz parte da Jornada Nacional de Luta contra a Reforma da Previdência. Os sem-terra aproveitaram para reivindicar uma área de terras existente na região e que no ano passado, resultou na retirada de pelos menos mil integrantes do MST da área. O Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária) está em negociação com o proprietário da fazenda para fins de reforma agrária. Outro local ocupado foi o pedágio da BR-369, em Arapongas. Durante o protesto, o acesso dos veículos ficou liberado, sem a cobrança da tarifa do pedágio.
Transporte coletivo
O protesto anunciado ainda na sexta-feira pelo Sitro-FI (Sindicato dos Trabalhadores em Transporte Rodoviário de Foz do Iguaçu) durou duas horas e meia ontem. Motoristas e cobradores cruzaram os braços em adesão à Luta Nacional contra a Reforma da Previdência e por conta de ruídos nas negociações trabalhistas com o consórcio responsável pelos serviços de transporte coletivo urbano de Foz do Iguaçu. A paralisação que trouxe transtornos à população poderá se repetir hoje. A categoria não descarta a possibilidade de uma greve.
