Cascavel – Quase um mês depois do início do ano letivo, a Unioeste (Universidade Estadual do Oeste do Paraná) enfrenta situação preocupante. Dois problemas considerados urgentes pelos sindicatos dos docentes e dos servidores técnicos serão discutidos na próxima semana com a governadora Cida Borghetti, que assume o Palácio do Iguaçu nesta sexta-feira, após a saída de Beto Richa para concorrer ao Senado. As demandas foram apresentadas ontem durante panfletagem na universidade e também no Hospital Universitário.
De acordo com o presidente do Adunioeste (Sindicato de Docentes da Unioeste), Luiz Fernando Reis, a redução de 52% nos recursos para custeio das atividades de ensino pode provocar a suspensão das atividades ainda no próximo semestre.
A lei orçamentária estadual deste ano prevê o envio de R$ 9,744 milhões para a Unioeste, utilizados somente com custeio, metade do que foi encaminhado em 2014 quando a universidade recebeu R$ 20,436 milhões. “As empresas que prestam serviços de limpeza, por exemplo, estão há alguns meses sem receber e por conta disso começaram a demitir servidores”, relata Reis.
Uma das alternativas encontradas pelos sindicatos e também pelo COU (Conselho Universitário) é a aprovação de emenda de R$ 3 milhões no orçamento da Unioeste para custeio das atividades de ensino, o que por enquanto não está garantida.
Outra solicitação é a realização de concurso público para docentes e teste seletivo para agentes universitários. Neste ano, foram liberadas 7.600 horas para contratação, a mesma carga horária autorizada em 2017. “O problema é que houve a implantação de cursos novos em Francisco Beltrão (Medicina, Nutrição e Serviço Social), que implica na ampliação de pelo menos mil horas”, explica.
Reis comenta ainda que nesta conta não foram considerados os servidores que pediram exoneração, solicitaram aposentadoria ou faleceram.
O COU se reúne na próxima semana para discutir estratégias de negociação que permitam ampliar a carga horária e os recursos de custeio.
