Policial

Sem paciência com excessos

O prefeito Leonaldo Paranhos disse ontem que sua posição é de “repúdio” em relação a ação de agentes da Guarda Municipal que usaram arma de choque para imobilizar um homem que acompanhava seu filho na UPA (Unidade de Pronto-Atendimento) do Bairro Brasília, no último domingo.

Visivelmente alterado e nervoso com a situação, o homem reclamou do atendimento ao filho. Os funcionários da unidade entenderam a reclamação como ameaça e acionaram a Guarda Municipal que usou a arma para imobilizar o homem. Paranhos reconhece que a vítima se alterou, mas ressalta que os agentes não estavam diante de uma arma, nem em uma cena de crime e que havia necessidade de mais prudência.

“Eu não vou ter mais paciência com esse tipo de comportamento. Ao mesmo tempo, como prefeito, eu não posso fragilizar a guarda. É preciso ter respeito senão daqui a pouco todo mundo vai querer estar batendo na Guarda Municipal”, diz.

Paranhos cobra coerência dos agentes e diz que qualquer ato “acima do desejável” será punido até que se tenha uma guarda eficiente. “Nós precisamos de coerência, precisamos de pessoas que estejam preparadas, então, é isso que eu tenho cobrado, é isso que nós vamos cobrar e vamos agir”, afirma.

Monitoramento

Dois guardas envolvidos diretamente na ação foram afastados por determinação de Paranhos. Segundo o prefeito, as imagens mostraram que houve excesso. O prefeito também requisitou imagens do sistema de monitoramento da UPA. “As imagens vão revelar se foi preciso essa ação”, observa.

Para o prefeito, a Guarda Municipal precisa ter a confiança da população. “Eu quero que a guarda seja eficiente, seja uma guarda amiga. Claro que no momento que tiver que lutar com bandido aí sim, possa fazer o que tenha que ser feito”, declara.