Cotidiano

Sem empolgar, movimento ?Fora Dilma? promete retornar em março

A ideia é pressionar a Câmara e o Senado a darem veredictos pró-impeachment

Brasília – Os organizadores estimaram em 2,4 milhões o número de pessoas que foram às ruas do País no domingo para defender o impeachment de Dilma Rousseff e, na maioria dos locais, também a cassação do presidente da Câmara, Eduardo Cunha. Já a Polícia Militar calculou um número bem menor: menos de 900 mil.

Independente de qual seja o número mais próximo da realidade, o fato é que os atos não chegaram a empolgar os brasileiros. Independente disso, no entanto, os organizadores já começaram a pensar na organização de um novo protesto para março próximo, quando, acredita-se, o Congresso Nacional deverá decidir pela manutenção ou não de Dilma no comando do País.

A ideia é pressionar a Câmara e o Senado a darem veredictos pró-impeachment, mas isso ainda vai depender da decisão que será tomada amanhã pelo STF, pois dela depende a instalação da comissão especial do impeachment aprovada na semana passada.

“[Espero] que o julgamento comece e termine na própria quarta-feira porque entendo que, neste momento que vivencia o Brasil, é importante que se dê uma resposta rápida a fim de garantir a estabilidade e a segurança jurídica”, afirmou o ministro do STF Luiz Edson Fachin, relator da ação apresentada pelo PCdoB para suspender o processo na Câmara.

Esquenta

No Paraná, as manifestações se domingo reuniram cerca de 10 mil pessoas em Curitiba e públicos pouco expressivos em Londrina, Maringá, Paranavaí, Paranaguá, Ponta Grossa, Cascavel e Foz do Iguaçu. Isso, no entanto, não desmotivou os organizadores.

“É o esquenta para a grande manifestação marcada para 13 de março. Nessa queremos quebrar o recorde de 100 mil manifestantes”, disse Eder Borges, um dos organizadores do “Fora Dilma” na capital paranaense.