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Seleção masculina de goalball conquista bronze na Paralimpíada

Impresso 16/09 Em um jogo dramático, dado como perdido, a seleção brasileira masculina de goalball renasceu das cinzas e conquistou o bronze diante da Suécia, nesta sexta-feira, na Arena do Futuro: 6 a 5.

A Suécia saiu na frente logo depois dos quatro minutos decorridos, com Fatmir Seremeti. Faltando 2m45s para acabar a etapa, pênalti para a equipe escandinava: Jimmy Bjoerkstrand cobrou e marcou: 2 a 0. A torcida, mostrando todo seu apoio à seleção, passou a gritar “Brasil, Brasil”. Ainda deu tempo para os suecos ampliarem para 3 a 0, de novo com Bjoerkstrand.

No segundo tempo, o técnico brasileiro promoveu a entrada do artilheiro do time, Leomon, que ficou no banco durante toda a primeira etapa. Mas os suecos voltaram a marcar, através de Seremeti. Faltava pouco mais de sete minutos para o fim da partida. Porém, dando um sopro de esperança à torcida, Josemarcio descontou na sequência. Loucura total na Arena do Futuro. E, logo depois, Leomon diminuiu ainda mais: 4 a 2. Explosão na arquibancada. “Eu acredito! Eu acredito”.

O sueco Peter Weichel acertou a trave. Um “uuuuh” coletivo ecoou. Na resposta, Josemarcio balançou as redes escandinavas. Mais loucura, mais explosão. O Brasil estava de volta ao jogo. Faltavam ainda 6m16s. A tensão estava no ar. Durante as jogadas o silêncio era profundo. Mas a cada lance perigoso a torcida se manifestava. A arbitragem pedia silêncio, insistia, mais do que fez durante toda a competição.

Restando 1m57s, Weichel cometeu uma bola longa. Pênalti para o Brasil. Vibração geral. Leomon foi para a cobrança: 4 a 4. A virada quase veio em outro arremesso de Leomon, que Bjoerkstrand defendeu. A bola subiu e quase entrou. Mais emoção: Weichel acertou a trave brasileira.

Mas, faltando 42 segundos para o fim, Bjoerkstrand marcou. Parecia que era o fim. Parecia. Porque Leomon ainda teve tempo de empatar: 5 a 5.

No primeiro tempo da prorrogação (valendo a regra do “gol de ouro”), o Brasil quase marcou em duas oportunidades. Os suecos pareciam nervosos. No segundo tempo, logo aos 14 segundos, veio o gol que valeu o bronze, com ele, claro, Leomon.

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