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Seleção feminina de goalball da Argélia finalmente chega no Rio

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A seleção feminina de goalball da Argélia, que sofreu duas derrotas por W.O. para Estados Unidos e Israel, finalmente chegou ao Rio, de acordo com informação oficial do comitê Rio-2016 e do Comitê Paralímpico Internacional (IPC). A delegação desembarcou na madrugada deste domingo, por volta das 4h15m, e tem ainda duas partidas marcadas pela primeira fase da competição: contra o Japão, nesta segunda-feira, às 15h30m, e diante do Brasil, na terça, às 11h30m.

Goalball 0909

A alegação argelina para o atraso é de que a perda de um voo na Polônia, onde a equipe treinava para a Paralimpíada, desencadeou uma série de atrasos, impossibilitando o time de seguir para as conexões que o levaria ao Brasil na data programada.

Porém, o diretor de comunicação do IPC, Craig Spencer, diz que a conduta da equipe africana será investigada. E fala em exclusão dos Jogos.

– A delegação alega que enfrentou uma série de problemas para chegar ao Rio. Mas não se demora seis dias para chegar ao Rio. Há uma série de suspeitas, mas não podemos comprovar ainda. Por isso precisamos investigar. Para excluirmos a equipe, teríamos que ter uma prova concreta – afirma Spencer.

De acordo com a agência de notícias AP, há a suspeita de a Argélia ter simulado o atraso de voo para não chegar a tempo de enfrentar Israel, pela segunda rodada do torneio, em partida que deveria ter acontecido neste sábado, às 18h45m. Os dois países não possuem relações diplomáticas.

O técnico da seleção israelense de goalball feminino, Ariel Fuerte, acredita em “discriminação” por parte dos argelinos e afirma que essa situação já aconteceu em outras ocasiões.

Conteúdo de uma matéria só: quadro de medalhas

– Jogamos sem diferenciar religião ou sexo. Isso é espírito olímpico. Quero crer que a história do voo é verdadeira. Mas a sensação que tenho é que houve discriminação. Em 2003, nos Jogos Mundiais da IBSA (Federação Internacional de Esportes para Cegos), em Quebec, no Canadá, pelo goalball masculino, eles também deixaram de jogar contra a gente. Há quatro meses, novamente pela categoria masculina, estávamos em um torneio amistoso na Eslovênia e chegamos à final. Eles seriam os adversários, mas quando souberam que estávamos na decisão, foram embora – relatou o treinador.

Cada W.O. sofrido pela Argélia foi considerada como vitória adversária por 10 a 0.