Cotidiano

Secretários de Trump reafirmam compromisso dos EUA com a Otan

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MUNIQUE E WASHINGTON – Na primeira viagem internacional como membros do governo dos EUA, os secretários de Defesa, James Mattis, e de Estado, Rex Tillerson, reafirmaram o compromisso de Washington com a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), entidade que recebeu duras críticas do presidente Donald Trump, durante a campanha eleitoral no ano passado. As palavras da dupla ? que serão reforçadas por um pronunciamento do vice-presidente, Mike Pence, em Munique ? confirmam a mudança no discurso do presidente americano, que, em 2016, afirmava que a Otan era ?obsoleta? e flertava com a possibilidade de abandonar a aliança.

? O presidente Trump tomou posse e desde então tem dado apoio total à Otan ? afirmou Mattis. ? Ele também reconhece a necessidade de que a organização se adapte ao cenário estratégico atual para que se mantenha crível, funcional e relevante.

Também em Munique, um dos principais críticos do presidente no Partido Republicano, o senador John McCain afirmou que a demissão do conselheiro de Segurança Nacional, Mike Flynn, é ?um reflexo da desordem? que permeia o novo governo dos EUA.

? O presidente dá declarações e em muitas ocasiões se contradiz ? afirmou o senador. ? Isso fez com que passássemos a prestar atenção no que ele faz e não no que ele diz.GERMANY-SECURITY_-G4L34D78B.1.jpg

Em visita à fábrica da Boeing, na Carolina do Sul, Trump voltou a prometer que trará empregos e empresas de volta ao país. Em discurso, ele elogiou a companhia ? com quem se desentendera meses atrás por conta dos custos de fabricação do avião presidencial, o Air Force One.

? A Boeing fez um grande trabalho ? afirmou. ? Esse é nosso mantra: compre produtos americanos e contrate americanos.

No sábado, o presidente realiza um comício em Melbourne, na Flórida. A decisão foi criticada por diversos veículos de imprensa que enxergaram no evento um reinício da campanha eleitoral, de olho numa possível reeleição em 2020, ainda que Trump não tenha completado nem ao menos um mês na Presidência.