BRASÍLIA – O secretário nacional da Juventude, Francisco de Assis Filho, tomou posse nesta segunda-feira. Até então presidente nacional da Juventude do PMDB, Assis responde a processo por enriquecimento ilícito e substitui Bruno Júlio, que defendeu ao GLOBO que deveria haver “uma chacina por semana” nos presídios brasileiro.
Assis Filho teve bens bloqueados em investigação de suposto esquema de funcionários fantasmas em Pio XII (MA). Ele nega as acusações.
? Foi precipitado o MP me arrolar como representado na ação de improbidade. Eu estava na condição de procurador do município quando o MP cumpriu um mandado de busca e apreensão na prefeitura e eu tinha dado declarações à imprensa de que discordava do MP naquele momento ? afirmou, acrescentando:
? Acredito que a Justiça deve arquivar o processo, que isso não deve andar até porque as acusações do MP são infundadas, não representam a realidade dos fatos.
Apesar de anúncio da própria Secretaria Nacional de Juventude, a cerimônia foi fechada. O presidente Michel Temer não compareceu.
Afilhado político do senador João Alberto (PMDB-MA), presidente do Conselho de Ética e braço direito do ex-presidente José Sarney e do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), Assis Filho ocupava até então o cargo de Superintendente da EBC no Nordeste.
No último dia 6, em meio ao massacre de 90 presos no Amazonas e em Roraima, o então secretário, Bruno Júlio, defendeu ao GLOBO que mais presos deveriam ser mortos, e que houvesse “uma chacina por semana”.
? Tinha era que matar mais. Tinha que fazer uma chacina por semana ? disse Bruno Júlio.