Cotidiano

Se Petrobras não contratar plataforma no exterior, projeto em Libra é inviável

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RIO – O projeto da primeira plataforma de petróleo no campo de Libra, no pré-sal na Bacia de Santos, só é viável se a Petrobras, operadora do consórcio responsável pela área, for liberada pela Agência Nacional do Petróleo (ANP) de atender as exigências de conteúdo local previstos no contrato, e com isso contratar a unidade no exterior. A informação foi divulgada nesta quarta-feira pela diretora de Exploração e Produção da Petrobras, Solange Guedes.

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De acordo com a executiva, o processo de licitação para a plataforma chamada Piloto de Libra foi cancelado no ano passado por causa dos preços excessivos apresentados pelas empresas. A Petrobras entrou, então, com pedido de suspensão da obrigatoriedade de cumprir o conteúdo local previsto no contrato (pedido de waiver) junto à ANP no final do ano passado. Com essa liberação, a estatal quer contratar a plataforma no exterior.

Questionada sobre o que aconteceria se a ANP não atender o pedido, Solange Guedes foi categórica afirmar que simplesmente não existiria o projeto:

? No limite, é não ter projeto ? destacou Solange Guedes.

Mas, em seguida, a diretora garantiu que tanto a Petrobras como as demais empresas que participam do consórcio, estão confiantes quanto a uma autorização dada pela ANP para fazer a encomenda no exterior, considerando o grande número de dados e informações entregues à ANP.

? Se existe uma perspectiva bastante positiva de que a gente venha a receber esse waiver, o consórcio pode entender que ele vai em frente no processo, mesmo que aconteça uma demora ou tenha uma definição parcial nesse sentido. Mas a avaliação do consórcio é muito positiva ? destacou Solange.

O consórcio de Libra, o primeiro campo explorado no regime de Partilha é formado pela Petrobras, Shell, Total, CNPC e CNOOC.