Agronegócio

SDA discute com cooperativas a fiscalização regionalizada

O secretário de Defesa Agropecuária do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Luis Rangel, reúne nesta quinta-feira (12) representantes de cinco cooperativas de criadores de aves do oeste do Paraná. Rangel vai ouvir quais são as principais dificuldades das empresas para a implantação do modelo de fiscalização agropecuária regionalizada. Integrantes do Sipoa (Serviço de Inspeção de Produtos de Origem Animal) paranaense participarão das discussões.

Segundo o secretário, a reorganização da inspeção vai permitir que as empresas tenham acesso direto ao Sipoa, evitando deslocamentos para resolver questões em Brasília. “O ministério está sempre à disposição, mas as soluções regionais poderão ser mais rápidas”, explica Rangel.

O secretário também vai apresentar o cenário para o reposicionamento dos frigoríficos brasileiros na Europa.

Nesta sexta-feira (13) o secretário terá reunião na aduana integrada de Foz do Iguaçu, “provavelmente a de maior fluxo comercial com o Paraguai”, acredita.

O secretário vai apresentar o novo modelo de divisão de tarefas entre AFFAs (Auditores Fiscais Federais Agropecuários) e os técnicos agropecuários, recentemente desenvolvida pelo Sistema de Vigiagro (Vigilância Agropecuária Internacional). O novo modelo possibilitou aumentar em mais de 300% a capacidade operacional, passando de quatro auditores fiscais para 15.

Argentina

Nos dias 16 e 17, Rangel se reunirá com o presidente de Senasa (Serviço Sanitário da Argentina), Ricardo Negri. “Foi um pleito do próprio Senasa e vamos aproveitar para negociar a exportação de cucurbitáceas [abóboras] para os argentinos, produtos para os quais eles estão exigindo certificado de origem, excentricidade que nós gostaríamos que superassem. Assim como nós demos sinalizações para viabilizar a compra da maçã argentina. É justo que equilibremos o jogo dos dois lados, porque os riscos são muito parecidos”.

Outra medida que deverá ser tratada com Negri é a certificação fitossanitária em aduana integrada. O secretário explica que na Argentina existe a aduana integrada, que, na prática, é um posto onde funciona o Ministério da Agricultura por meio do Vigiagro e os serviços do Senasa, simultaneamente. “A nossa ideia é que dispensemos o Certificado Sanitário Internacional, pois isso significa redução de burocracia”, adianta o secretário.