Cotidiano

Saúde: Deputados vão investigar “indústria dos atestados”

Também na iniciativa privada, mas principalmente nos diferentes níveis do poder público, é de domínio comum que um número grande de pessoas falta ao trabalho e justifica a ausência apresentando atestados médicos indicando algum tipo de doença. Alguns exageros chamam atenção, como é o fato de a Prefeitura de Cascavel, com pouco mais de 8 mil funcionários, ter recebido ao longo do ano passado uma média de 67 atestados desse tipo por dia.

Esse caso chamou a atenção da Assembleia Legislativa do Paraná, que na quarta-feira instalou uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) para apurar irregularidades no fornecimento de atestados médicos tanto na rede pública quanto na rede privada de saúde do Estado.

Já na próxima semana, o presidente Anibelli Neto (PMDB) e o relator Rubens Recalcatti (PSD) vão apresentar um plano de trabalho para apreciação dos demais membros titulares, os deputados Mauro Moraes (PSDB), Cristina Silvestri (PPS), Felipe Francischini (SD), Stephanes Junior (PSB) e Luís Corti (PSC).

“Entendo que esse assunto é muito importante e precisa ser verificado com profundidade”, afirma Anibelli Neto, ressaltando que o prazo de funcionamento da CPI, conforme o parágrafo 3º do artigo 68 do Regimento Interno, é de 120 dias, prorrogáveis por mais 60.