Cotidiano

Saúde confirma 11 mortes por gripe

Somente na 9ª Regional de Foz do Iguaçu houve nove óbitos

Foz do Iguaçu – Das 264 casos de gripe no Paraná neste ano, 42 foram no oeste e, das 46 mortes em todo o Estado, 11 foram na região. Os dados são do boletim da Sesa (Secretaria de Estado da Saúde), que tem como base a última atualização no mês de outubro. A regional com maior número de confirmações e de mortes é a 9ª de Foz do Iguaçu.

Somente de Influenza A H3 sazonal foram 15 diagnósticos positivos neste ano, até o mês passado. Destes, seis evoluíram para a morte, índice de letalidade de 40%. A Influenza B somou 13 casos naquela regional, sendo que três pacientes morreram, letalidade de 23%.

Sozinha, a Regional acumula 28 casos e nove mortes. A cidade com maior índice, tanto de contágio quanto de óbitos, é a própria Foz do Iguaçu com 22 contágios e oito mortes.

Em seguida vem a 10ª Regional de Saúde de Cascavel com oito casos confirmados de gripe, sendo sete de Influenza A H3 sazonal e um de H1N1, o único deste subtipo do vírus em todo o Estado neste ano. O contágio ocorreu em uma pessoa que vivia em Cascavel. Entre os casos de H3 sazonal, houve o registro de uma morte e ela ocorreu em Lindoeste, segundo o boletim.

O ciclo regional se fecha com a 20ª Regional da Saúde de Toledo onde foram seis registros de H3 sazonal e uma dessas pessoas morreu em decorrência do vírus. A morte foi na própria cidade de Toledo, onde duas pessoas foram infectadas por esse subtipo da doença. Os demais casos foram em Palotina (três) e Marechal Cândido Rondon (dois).

Vírus está circulando, alerta especialista

O chefe do Centro Estadual de Epidemiologia da Secretaria de Estado da Saúde, João Luís Trivellaro, afirma que o alerta precisa ser mantido constantemente e, apesar do período com maior incidência da influenza ser de abril a setembro, casos esporádicos podem ser registrados a qualquer momento e eles podem ser sempre letais, dependendo da condição imunológica de quem contrair o vírus.

Ele lembrar ainda que a maioria das mortes ocorreu em pessoas que não haviam sido imunizadas ano passado ou mesmo neste ano. “Isso prova a eficácia da vacina. Algumas pessoas dizem que tiveram gripe após a imunização, mas essa gripe pode ter sido uma resposta do organismo e vale lembrar que não foi a influenza”, reforça.

Quanto ao elevado número de casos em Foz do Iguaçu, uma das explicações, segundo Trivellaro, está na localização: “Além de estar na fronteira, é uma cidade turística e recebe milhares de visitantes, consequentemente o vírus circula mais”.

Diante de todos esses aspectos, Trivelarro reforça a necessidade de manter hábitos de higiene como lavar com frequência as mãos, manter locais sempre bem arejados, evitar cobrir a boca com as mãos no momento de tossir, usando para isso sempre a dobra do cotovelo e abusar do álcool em gel. “Além da imunização àqueles que há a indicação, manter esses cuidados ajuda a prevenir, sempre”, conclui.