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Sassá vai capitanear retorno do Flu à elite do vôlei

No meio do ano, Sassá atendeu a uma ligação da empresária Ana Flávia, que foi direta: ?O que você acha de voltar a atacar?? A ponteira, que passou a última temporada atuando como líbero pelo Brasília, nem precisava de mais argumentos para aceitar o convite do Fluminense, que volta à elite do vôlei feminino hoje, pela Superliga, contra o Rexona-Sesc/Rio de Janeiro, de Bernardinho, às 21h, no Hebraica, em Laranjeiras, com ingressos a R$ 20. O Sportv transmite.

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Poder voltar a Copacabana, onde morou nas passagens pelo Vasco (2000) e pelo próprio Rio (2004 a 2008), também teve peso significativo na decisão da jogadora, que, nas horas vagas, pega a prancha de body boarding e cai no Arpoador.

? Desde pequena, apesar de ser mineira, sempre fui apaixonada por praia. Nas férias, fazíamos excursão para Guarapari ou Cabo Frio. Era a época mais feliz e esperada do ano, mais do que aniversário e Natal. Eu falava que, quando crescesse, iria morar na praia ? diz Sassá, que tem um apartamento em Copacabana há quase 10 anos. ? Quando não estou aqui, alugo por temporada. Natal, passo em família. Mas todo Ano Novo estou aqui.

62356556_ES Rio de Janeiro RJ 27-10-2016 VÃ?LEI - O Fluminense retorna à elite do vôlei feminino d.jpgNão bastassem tantos atrativos para assinar com o clube, a mineira de 34 anos ainda tinha um bônus. Das sete contratadas, como Renatinha, ex-seleção brasileira, e Ju Costa, com grande experiência, Sassá foi a escolhida para ser a capitã e líder do vôlei feminino tricolor, que volta às competições de elite após 25 anos. O Fluminense foi campeão brasileiro nos anos 70 e 80.

? Eu fiquei sabendo da história do clube assim que cheguei na apresentação da equipe. Ouvimos um pouco da história do Flu no vôlei, passaram vídeos… Foi uma surpresa grande, pois não conhecia, e saber que depois de 25 anos estaremos representando as cores do clube na Superliga é um orgulho grande. Estou feliz por estar integrando a equipe e por terem pensado no meu nome ? diz Sassá, que já havia trabalhado com o técnico Hylmer Dias, ex-assistente de Bernardinho no Rio de Janeiro.

Justamente por conhecer os dois treinadores que estarão frente a frente hoje, Sassá confia no trabalho que vem sendo feito nos últimos meses.

? Ele trabalhou muitos anos com o Bernardinho e vejo muita coisa parecida. A preparação está sendo extremamente intensa e direcionada para o Rexona neste primeiro jogo. Na questão técnica, não vamos dever nada a ninguém ? garante.

O pouco tempo do projeto, que começou no início do ano com a participação do time na Superliga B e, consequentemente, com a classificação na seletiva, deixa o Fluminense fora da briga pelo título. No entanto, o Estadual conquistado há pouco mais de um mês sobre o favorito Rio de Janeiro prova que a equipe não fará figuração.

BERNARDINHO NEGA FAVORITISMO

? Há um grupo de cinco, seis times com um nível pouco maior que o nosso. Temos condições de brigar entre os oito, mas vai ser duro. Ganhar o Carioca deu uma confiança grande, mas ao mesmo tempo não garante nada ? afirmou Hylmer.

Bernardinho faz coro ao equilíbrio esperado nesta Superliga, que começou na semana passada. A palavra surpresa não faz parte do esporte, garante ele.

? Acho que o Flu pode ir muito bem e vai complicar a vida de muita gente. Temos muitas lições para tirar daquele jogo e espero que não tenhamos mais um tropeço contra elas. Em teoria, é o mais fraco ganhando do mais forte, mas elas foram mais fortes na partida. Pode ser surpreendente pelos orçamentos, mas no vôlei não há mais surpresas ? explicou Bernardinho, rechaçando o favoritismo do Rio, atual campeão. ? O Praia Clube e o Osasco estão na nossa frente. Tivemos a saída da Natália. Vamos brigar. A palavra de ordem é consistência. Vai chegar à final quem for consistente.62356565_ES Rio de Janeiro RJ 27-10-2016 VÃ?LEI - O Fluminense retorna à elite do vôlei feminino d.jpg