Cotidiano

São Paulo quer revisão de critérios do Tesouro para rating dos estados

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BRASÍLIA – O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, afirmou, nesta sexta-feira, que a equipe econômica vai fazer uma audiência pública para debater a forma como o Tesouro Nacional classifica os estados. Esse sistema, cujas notas variam de A a D, serve como critério para que o Tesouro dê aval a operações de crédito. Só podem tomar empréstimos garantidos aqueles estados cuja nota seja A ou B. São Paulo, no entanto, tem nota C-. Dos 27 estados, 14 estados têm nota B e nenhum tem nota A.

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Depois de se reunir com o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, Alckmin afirmou que seu estado tem uma classificação melhor (B) junto a grandes agências de classificação de risco, como a Standard & Poor?s (S&P) e a Moody?s. Por isso, segundo ele, São Paulo sugeriu uma revisão da sistemática do Tesouro.

? O Ministério da Fazenda deve abrir uma audiência pública para rediscutir os ratings de maneira mais ampla. Isso deve acontecer agora em dezembro ou janeiro. São Paulo está rigorosamente em dia com pessoal, fornecedores e financiamentos ? disse ele.

Na quinta-feira, o Conselho Monetário Nacional (CMN) elevou o limite de crédito para estados com boa classificação (A ou B) de R$ 2,8 bilhões para R$ 3,7 bilhões. Segundo o governador, São Paulo tem interesse em fazer esse tipo de operação, mas está impedido por causa da nota dada pelo Tesouro.

? Eu defendo os novos financiamentos porque o que pode ajudar a assegurar o emprego é infraestrutura, construção civil, que gera muito emprego. Uma obra em São Paulo, a linha 5 do metrô, tem hoje 5600 empregos diretos registrados, fora os empregos indiretos. Então, eu defendo sim investimento em infraestrutura, saneamento básico, logística e construção civil para segurar o emprego ? disse Alckmin.