RIO ? A saltadora de longa distância russa Darya Klishina foi readmitida no Rio-2016 por decisão da Corte Arbitral do Esporte (CAS), a mais alta instância jurídica do esporte. A Federação Internacional de Atletismo (IAAF) havia revertido, no sábado, o aval à atleta três dias antes de ela estrear nas pistas do Estádio Olímpico.
Quando a IAAF decidiu banir toda a delegação do país da modalidade, por conta da revelação de um esquema de doping patrocinado pelo Estado, Klishina foi a única isenta da punição. Residente há três anos nos Estados Unidos, a atleta teria laudos suficientes de exames fora da Rússia que a garantissem estar limpa para a competição.
Só que no sábado a federação voltou atrás e suspendeu a esportista. De acordo com uma fonte da agência Reuters, novos indícios da investigação do advogado Richard McLaren ? autor do relatório que detalhou o sistema de doping à Agência Mundial Abntidoping (Wada) ? levaram à revisão do aval a Klishina, que recorreu imediatamente e ganhou a ação nesta segunda-feira.
“As partes foram informadas de que o pedido foi aceito e que a atleta continuou apta a competir nos Jogos Olímpicos do Rio”, informou a CAS em comunicado. “A atleta demonstrou que foi submetida aos devidos exames de drogas, durante e fora de competições, fora da Rússia”.
O tribunal considerou que a atleta, por morar fora do país natal, continuava a cumprir os critérios da competição da IAAF “apesar das novas informações”. O laboratório de exames antidoping russo teve os testes invalidados desde que foi revelado um esquema de sistemática encobertamento de resultados positivos para substâncias proibidas.
