Cotidiano

Salários de policiais referentes a junho devem ser pagos nesta quarta-feira

RIO – O governo do estado deve pagar, nesta quarta-feira, os salários de junho dos servidores ativos, inativos e pensionistas das polícias Militar e Civil, dos bombeiros e da Secretaria estadual de Administração Penitenciária (Seap). O valor líquido dos salários a serem pagos é de R$ 694 milhões. São mais de 80 mil policiais civis, PMs, agentes penitenciários e bombeiros da ativa, além de 73 mil aposentados e pensionistas. O GLOBO já havia adiantado que o pagamento deveria ser feito nesta quarta-feira.

Segundo o governo, serão pagos também R$ 218 milhões relativos ao RAS, Proeis e premiações da Polícia Militar e da Polícia Civil. Os pagamentos serão viabilizados pelo auxílio financeiro de R$ 2,9 bilhões do Governo Federal para a Segurança na Olimpíada do Rio.

Na segunda-feira também, servidores da área de segurança voltaram a fazer um protesto no setor de desembarque do Terminal 2 do Aeroporto Internacional Tom Jobim. O ato foi contra atrasos no salário, a alteração da data de pagamento e por melhores condições de trabalho. Eles exibiram novamente para passageiros a faixa com a frase “Welcome to hell” (“Bem-vindos ao inferno”), que virou notícia na imprensa internacional na semana passada. Desta vez, usaram também bonecos com fardas da polícia manchadas de tinta vermelha, lembrando sangue, para representar policiais mortos. Alguns manifestantes tinham tinta vermelha no rosto.

O protesto começou por volta das 6h. Com faixas e cartazes, cerca de 150 manifestantes seguiram pela lateral da Avenida Vinte de Janeiro até o aeroporto. Na semana passada, o mesmo grupo já tinha feito uma manifestação no Tom Jobim.

Enquanto o protesto ocorria no aeroporto, a segunda parcela dos salários de maio começava a ser paga. O estado informou que depositou os valores devidos a cerca de 310 mil servidores da ativa, pensionistas e aposentados. Foram 20 dias de atraso. O pagamento foi parcelado devido à crise financeira que fez o estado decretar calamidade pública no dia 17 de junho.