Cotidiano

Salário de professores brasileiros é menos da metade do que ganham docentes de países da OCDE

copy_20130507_EP_esc_amanha_CIEP_Antonine_MT16.jpg RIO- O salário de um professor brasileiro dos anos iniciais do ensino fundamental é menos da metade do que é pago, em média, aos docentes nos países da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). Segundo o relatório “Education at a Glance 2016”, que analisa 41 nações, um docente brasileiro que leciona nessa etapa do ensino recebe cerca de US$12.200 (cerca de R$40.750) por ano, enquanto a média salarial entre os países do grupo para um profissional do mesmo nível é de US$ 31.000 (R$105.540) anuais. educação

Em termos percentuais, o salário inicial de um professor brasileiro no primeiro segmento do ensino fundamental corresponde a 39,35% do que ganha em média um docente de um dos 35 países que compõem a OCDE.

” Países como Suíça, Alemanha e Luxemburgo possuem salários iniciais superiores a 45.000 dólares por ano. No entanto, o salário médio dos professores em quase todos os países analisados é menor que o salário médio dos outros trabalhadores com educação superior”, analisa o relatório “Panorama da Educação”, feito pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) para analisar os dados do Education at a Glance 2016.

Embora a carreira não seja atrativa no Brasil, chama atenção que o país tem um dos grupos de docentes da educação básica mais jovens das 41 nações analisadas. De acordo com o estudo, apenas 16% dos professores dos anos iniciais possui mais de 50 anos, por exemplo. Em países como Alemanha e Itália o percentual de docentes desta faixa etária neste segmento chega a 40%.

GESTÃO PARTICIPATIVA

O estudo ainda traz dados sobre a gestão nas escolas. De acordo com a OCDE, o sistema educacional brasileiro está entre os mais democráticos do mundo. No Índice de Gestão Escolar, estabelecido a partir de repostas dadas por gestores no Pisa 2012, o Brasil aparece ao lado da Turquia e dos Estados Unidos entre os países nos quais os professores tem alto grau de participação na gestão. França e Japão são exemplos de países onde os professores não se envolvem muito na gestão das escolas.