Cotidiano

Safra de grãos deve ser 8,9% menor em 2018

No Sul, é prevista queda de 12,3% na produção

São Paulo – Em 2018, a safra de grãos (cereais, leguminosas e oleaginosas) deverá atingir 220,2 milhões de toneladas: 8,9% abaixo da safra deste ano, segundo o primeiro prognóstico para o próximo ano feito pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) e divulgado ontem.

De acordo com as estimativas, devem produzir menos as regiões Norte (-3,2%), Nordeste (-5,8), Sudeste (-4,8%), Sul (-12,3%) e Centro-Oeste (-8%).

O resultado deverá ser puxado, principalmente, por causa das quedas de 6,3% na estimativa de produção da soja e de 14,4%, na do milho. De acordo com o IBGE, entre os cinco produtos mais relevantes para a próxima safra, quatro devem ter produção menor: algodão herbáceo em caroço (-1,5%), arroz em casca (-6,8%), milho em grão (-14,4%) e soja em grão (-6,3%).

Já a décima estimativa para a safra de 2017 totalizou 241,6 milhões de toneladas, com aumento de 30% em relação a 2016 (185,8 milhões de toneladas).

Corredor de Exportação já supera total de 2016

Paranaguá – A pouco menos de dois meses do fim do ano, o Corredor de Exportação do Porto de Paranaguá já movimentou mais carga do que ao longo do ano de 2016 inteiro. Somente de janeiro a outubro já foram movimentadas 15,3 milhões de toneladas pelo complexo de escoamento de grãos – 2,6 milhões de toneladas a mais do que em todo o ano passado.

Se comparado somente o mesmo período do ano, o aumento no embarque é ainda maior – de 3,7 milhões de toneladas, o que representa uma alta de 32%. Isso fará com que, ao final de 2017, o Corredor de Exportação registre pela primeira vez na sua história uma movimentação superior a 17 milhões de toneladas.

O secretário de Estado da Infraestrutura e Logística, José Richa Filho, lembra que 2017 é o primeiro ano de operação após a entrega de todas as obras previstas para o repotenciamento do Corredor de Exportação. “Agora, estamos trabalhando a todo vapor com correias novas, carregadores de navios mais modernos e um cais remodelado para receber os maiores navios do mundo. O resultado é um novo patamar de movimentação”, afirma o secretário. Desde 2011 já foram investidos cerca de R$ 624 milhões no repotenciamento e na modernização da estrutura física do Porto de Paranaguá.

Produtividade

Um índice que atesta o aumento da produtividade é que o Corredor exportou mais carga neste ano em menos dias de operação, já que em 2017, de janeiro a outubro, Paranaguá registrou 14 dias a mais de chuva do que no ano passado. Quando chove, os porões dos navios precisam ser fechados para garantir a qualidade da carga, paralisando o carregamento.

Em 2017, até agora, foram 74 dias de chuva. Em 2016, de janeiro a outubro, foram 60. Mesmo assim, neste ano a média diária de embarque em dias de sol foi de 66, 5 mil toneladas. No ano passado foi de 47 mil toneladas.

Aumento geral

Levando em conta todos os produtos, o Porto de Paranaguá registra uma alta de 14,7% nas movimentações em relação ao mesmo período do ano passado, com 44,3 milhões de toneladas operadas de janeiro a outubro deste ano.

Nas exportações, o volume alcançado até o momento é de 28,2 milhões de toneladas, 16% maior do que nos dez primeiros meses de 2016. Nas importações, a alta é de 13%, com 16 milhões de toneladas movimentadas.