Cotidiano

Ryanair vai criar 3.500 empregos em 2017

LONDRES – Crítica ferrenha do Brexit ? que dizia ser ruim para a indústria ?, a companhia aérea irlandesa Ryanair vai criar mais de 3.500 novos postos de trabalho em 2017, enquanto acrescenta mais 50 aviões à sua frota. A empresa disse que planeja contratar 2.000 pessoas para a tripulação, 1.000 pilotos e 250 engenheiros. A companhia só não informou quantas das novas posições serão no Reino Unido, afirmando que a expansão será ?pela rede europeia de 84 bases?.

Em comunicado divulgado em julho, a Ryanair ? empresa que oferece voos de baixo custo na Europa ? declarou que ?iria afastar o crescimento de aeroportos britânicos e focar mais em crescer em aeroportos europeus nos próximos dois anos?, acrescentando que isso significaria cortar a capacidade de várias rotas que partem do aeroporto Stansted em Londres.

O presidente da Ryanair, Michael O?Leary, que apoiou explicitamente a permanência na União Europeia, disse na semana passada que as empresa aéreas estão atrasando investimentos devido à incerteza em torno do Brexit. No mês passado, ele afirmou que o Reino Unido poderia ?se dar mal? em acordos comerciais:

? Estamos sendo muito cautelosos sobre a capacidade que alocamos no Reino Unido nos próximos dois ou três anos até que tenhamos algum tipo de indicação do que vai ser o Brexit ? sustentou. ? Não é porque estamos irritados com o Reino Unido, mas temos muito mais certeza política no Reino Unido enquanto eles estão correndo para tentar resolver como será o Brexit.

A atual campanha de recrutamento é parte de um plano mais amplo que inclui o aumento da frota de 355 aeronaves para 500 unidades em cinco anos, com uma elevação do número da tripulação para 5 mil profissionais no período.

Eddie Wilson, diretor de equipe da Ryanair, afirmou que ?2017 está prestes a ser nosso ano mais ativo em recrutamento até agora, e estamos continuando a investir pesadamente em talentos para o futuro?.

Enquanto isso, dados sobre tráfego aéreo mostram que a Ryanair aumentou o número de passageiros em 13% em setembro na comparação anual, para 10,8 milhões de viajantes. A taxa de ocupação do grupo ? que indica o quão cheio estão os aviões ? também melhorou para 95% no mês passado, ante 94% há um ano.

A empresa também afirmou que espera uma queda na tarifa média entre 10% e 12% nos próximos seis meses.