Cotidiano

Rússia: investigação da ONU sobre armas químicas na Síria é 'pouco convicente'

WASHINGTON – A Rússia minimizou nesta quinta-feira os resultados de uma investigação dirigida pela ONU que indicavam que forças do governo sírio realizaram três ataques com armas químicas. Segundo representante do governo russo, os dados são “pouco convincentes”. Os embaixadores dos 15 países-membro do Conselho de Segurança da ONU se reuniram privadamente nesta quinta-feira para analisar o documento.

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O embaixador russo diante do organismo internacional, Vitali Churkin, disse no Conselho de Segurança que as conclusões não foram “confirmadas”, segundo um texto de suas declarações na reunião.

Curkin disse que a investigação sobre o uso de armas químicas pelo regime sírio “está cheia de contradições”. Em seu último relatório, os investigadores havian acusado Damasco de ter recorrido três vezes a armas químicas contra a população civil em 2014 e 2015. As conclusões, segundo o represante russo, ?não têm base na maioria dos casos em depoimentos suficientes ou provas materiais.

O diplomata rejeitou a ideia, defendida por França e Reino Unido, de sancionar o regime sírio.

? As conclusões não são definitivas, não têm força legal e não podem servir (…) para tomar decisões jurídicas ? afirmou.

O Conselho criou uma comissão investigadora em agosto de 2015 para determinar quem havia recorrido a uma série de supostos ataques químicos na localidade de Qmenas, na província síria de Idlib (Noroeste) em 16 de março do ano passado. Segundo o grupo de trabalho, o ataque dos militares sírios era o terceiro desde 2014. Antes, a comissão havia acusado o grupo jihadista Estado Islâmico de ter usado gás de mostarda em ataque no Norte da Síria em agosto de 2015.