HANGZHOU – A Arábia Saudita e a Rússia assinaram, nesta segunda-feira, um acordo de cooperação no mercado de petróleo. O pacto não vai resultar em ação imediata na produção, mas limites na extração podem ocorrer no futuro para lidar com o excesso de oferta global.
A divulgação do pacto causou alta acentuada dos preços do petróleo, com a expectativa de que os maiores produtores do mercado poderão trabalhar juntos.
O acordo foi assinado pelo ministro da Energia da Arábia Saudita, Khalid al-Falih, e o da Rússia, Alexander Novak, na China, paralelamente à reunião do G-20, e veio após uma reunião entre o presidente russo, Vladimir Putin, e o príncipe saudita Mohammed bin Salman.
Novak disse que os dois países estavam se movendo em direção a uma aliança estratégica em energia e o alto nível de confiança que lhes permitiria fazer frente aos desafios globais. Já Khalid al-Falih disse que o acordo iria incentivar outros produtores a cooperar.
Os preços do petróleo Brent subiram quase 5% antes de uma coletiva de imprensa com os ministros, mas a commodity reduziu ganhos e operava com alta de 0,75% quando confirmado que o acordo não produziria nenhuma ação imediata.
? Não há necessidade agora de congelar a produção. Temos tempo para tomar este tipo de decisão ? disse Falih ? congelar a produção é uma das possibilidades preferenciais, mas não tem que acontecer especificamente hoje ? acrescentou.
A Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) vai ter conversas informais na Argélia no final deste mês e deve se reunir oficialmente em Viena, em novembro.
