Cotidiano

Rodrigo Maia será o primeiro candidato à presidência da Câmara a discursar

BRASÍLIA — O deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ) será o primeiro candidato à presidência da Câmara a discursar. O sorteio foi realizado no início da tarde desta quarta-feira na presidência da Casa. A ordem vale também para a foto dos candidatos na urna eletrônica em que será realizada a votação. Cada um dos inscritos terá 10 minutos para falar. Candidaturas poderão ser retiradas até as 15 horas. A sessão está prevista para começar às 16 horas.

Depois de Rodrigo Maia, falarão Evair Vieria de Melo (PV-ES), Miro Teixeira (Rede-RJ), Giacobo (PR-PR), Cristiane Brasil (PTB-RJ), Luiza Erundina (PSOL-SP), Fábio Ramalho (PMDB-MG), Carlos Manato (SD-ES), Carlos Gaguin (PTN-TO), Marcelo Castro (PMDB-PI), Fausto Pinato (PP-SP), Beto Mansur (PRB-SP), Rogério Rosso (PSD-DF), Gilberto Nascimento (PSC-SP), Espiridião Amim (PP-SC), Maria do Rosário (PT-RS) e Orlando Silva (PC do B-SP).

Os quatro partidos que selaram, nesta quarta-feira, o apoio formal à candidatura de Rodrigo Maia — PSDB, DEM, PSB e PPS — têm juntos hoje 117 deputados. Numericamente, o bloco é forte o suficiente para fortalecer as chances de Rodrigo Maia disputar o segundo turno da eleição. O líder do PSDB, Antonio Imbassahy (BA) disse que sua bancada, com 50 deputados, apoiará Maia e que conversa ainda hoje com poucos deputados que tendiam a apoiar outro candidato.

O líder do PSB, deputado Paulo Foletto (ES), avalia que 80% da bancada do partido — ou seja, 26 ou 27 votos dos 33 deputados —, acompanhará a decisão de apoiar o candidato do DEM.

— Rosso é o candidato que dá sequência ao trabalho do Cunha. Marcelo Castro tem o carimbo do governo Dilma. Fomos muito discriminados tanto por Cunha, quanto por Dilma. Não somos uma bancada que achaca, não queremos tratamento diferenciado, apenas um tratamento justo — afirmou Foletto, justificando a escolha pelo candidato da antiga oposição.

Segundo o líder do PSB, a eleição para essa mandato tampão preocupa, porque há muitos candidatos.

— Esse momento é de valorização do bloco da antiga oposição. Uma eleição personalizada por levar a desastre, como já tivemos antes aqui.

Maia pode perder alguns votos nas bancadas, mas conta com apoio em outros partidos. O bloco teve duas perdas recentes, pois alguns deputados suplentes deixaram a vaga após titulares de outras legendas assumiram a vaga. É o caso do deputado Severino Ninho (PSB-PE), que sai porque o titular, do PR, retornou à Casa para votar no candidato da legenda, Fernando Giacobo (PR-PR).