Cotidiano

Rodrigo Maia diz que manifestantes sairão presos da Câmara

BRASÍLIA – O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), disse nesta quarta-feira que todos os manifestantes que invadiram mais cedo o plenário sairão da Casa presos e serão encaminhados à sede da Polícia Federal. Segundo ele, não é possível negociar com “baderneiros irresponsáveis” depois das depredações e atos de violência consumados. Ele afirmou que o grupo será enquadrado em vários crimes, entre eles quebra de patrimônio público.

– A ordem que dei ao diretor do Depol é que todos saiam daqui presos, que sejam levados à Polícia Federal, porque não vamos aceitar esse tipo de abuso e agressão ao Parlamento brasileiro – afirmou Maia.

Ele contou que foi procurado por uma advogada que representa o grupo para tentar algum tipo de negociação, mas a iniciativa foi rechaçada pelo presidente da Casa.

– Negociação a gente faz antes dos baderneiros quebrarem o plenário da Câmara dos Deputados. Não tenho o que conversar com quem já quebrou patrimônio público, com quem já agrediu o Parlamento brasileiro. Só há um caminho a ser tomado: a prisão.

Maia afirmou ter a informação de que havia pessoas armadas no plenário, mas não soube informar se seriam armas brancas ou armas de fogo. O presidente também negou ter havido falha na segurança da Casa. Ele disse apenas que, ao contrário do Parlamento em outros lugares do mundo, no Brasil ele é “muito aberto”:

– Não é falha da segurança, é porque o Parlamento brasileiro, diferente dos outros, é muito aberto, de certa forma todo mundo pode entrar. Na hora que a gente amplia a revista e o sistema de controle dizem que estamos sendo autoritários, mas não há Parlamento na Europa que você não seja obrigado a passar por uma revista importante para entrar. Infelizmente, ou felizmente, o nosso é muito aberto e gera esse tipo de problema – afirmou.

Rodrigo Maia reforçou que haverá sessão quando todos deixarem o plenário e a normalidade for restabelecida. Ele disse que é preciso mostrar que a Câmara vai retomar a ordem:

– Claro que vai ter. A gente poderia até não fazer sessão no plenário (antes), mas agora vamos fazer, precisamos mostrar que essa Casa vai exercer o poder, a ordem, e vamos continuar com a normalidade dos trabalhos assim que os manifestantes forem retirados.