Cotidiano

Restauração do Museu da Língua Portuguesa, em São Paulo, começará ainda este mês

SÃO PAULO ? As obras de restauração do Museu da Língua Portuguesa, em São Paulo, estão previstas para começar em duas semanas, com um investimento total de R$ 65 milhões. O anúncio foi feito na manhã desta segunda-feira, no Palácio dos Bandeirantes, com a presença do governador do estado, Geraldo Alckmin, e do presidente da Fundação Roberto Marinho, José Roberto Marinho. Atingidas por um incêndio em 21 de dezembro do ano passado, as instalações do museu, no prédio da Estação da Luz, foram quase totalmente destruídas.

? Entramos em 2017 mais fortalecidos. Seguimos juntos trabalhando pela reconstrução desse museu que fez com que a gente se conhecesse melhor. E que também, com isso, vem promovendo de verdade uma aproximação entre os vários povos em torno da pátria que é a nossa língua, como lembrava o escritor português Fernando Pessoa ? disse José Roberto Marinho, em discurso na cerimônia.

O arquiteto Pedro Mendes da Rocha foi contratado para fazer adaptações e atualizações no projeto original do museu, concebido por ele e seu pai, o arquiteto Paulo Mendes da Rocha. A previsão de duração das obras é de um ano. Já a implantação da museografia começa em 2018 , com conclusão prevista até março de 2019. A data de inauguração só será definida após a conclusão dos projetos.

O projeto de restauração das fachadas foi aprovado pelos três órgãos do patrimônio histórico: Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan); Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico (Condephaat), e Conselho Municipal de Preservação do Patrimônio Histórico, Cultural e Ambiental da Cidade de São Paulo (Conpresp).

? O museu está se reconstruindo, mas a língua é dinâmica. O museu não se pretende fazer um simulacro de si mesmo, mas algo muito melhor ? disse Hugo Barreto, diretor geral da FRM

A restauração terá como patrocinador máster o grupo EDP, empresa europeia do setor de energia, que bancará R$ 20 milhões do valor total do investimento. A Fundação Roberto Marinho entrará com R $10 milhões e o Grupo Itaú com R $ 6 milhões. Dos R$ 34 milhões do prêmio do seguro contra incêndios, R$ 29 milhões serão investidos nas obras. Dos R$ 5 milhões restantes da indenização, R$ 3 milhões foram utilizados em ações emergenciais para preservação de áreas não atingidas pelo incêndio e R$ 2 milhões estão reservados para manutenção do primeiro ano de atividades do museu.