Cotidiano

Reservas de petróleo da Petrobras recuaram 5,7% em 2016

INFOCHPDPICT000062130016 RIO – A Petrobras informou que o volume de suas reservas de petróleo caiu em 2016. De acordo com a estatal, pelo critério ANP/SPE (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis / Society of Petroleum Engineers), as reservas provadas de óleo e gás natural equivalentes atingiram 12,514 bilhões de barris em 31 de dezembro do ano passado, montante 5,7% inferior aos 13,279 bilhões de 31 dezembro de 2015.

Já pelos critérios da SEC (Securities and Exchange Commission, a xerife do mercado de ações americano) o total de reservas atingiu 9,672 bilhões de barris de óleo equivalente (boe), contra 10,516 bilhões de 31 dezembro de 2015, ou 8,02% inferior.

A principal diferença entre os dois critérios é o preço do petróleo considerado no cálculo da viabilidade econômica das reservas. O valor das reservas consideradas efetivamente pelo mercado são pelo critério ANP/SPE. O critério da SEC é utilizado pela Petrobras em 95% de suas reservas, principalmente para efeito de balanço.

Para o cálculo das reservas provadas são considerados apenas aqueles volumes de petróleo com viabilidade econômica de exploração e para os quais existam a tecnologia necessária. No caso da Petrobras no ano passado, foi levado em conta um total de 110 milhões de barris em novas descobertas, principalmente com a perfuração de novos poços em Búzios, no pré-sal na Bacia de Santos. Teve uma redução de 153 milhões de barris em reservas por causa de venda de ativos exploratórios, também resultado da perfuração de novos poços e e melhor comportamento dos reservatórios em áreas terrestres e marítimas também no pré-sal, segundo a Petrobras em nova ao mercado.

No ano passado, foram produzidos 925 milhões de barris de óleo equivalente. A Petrobras informou que apresentou no ano passado um Índice de Reposição de Reservas (IRR) de 34%, desconsiderando os efeitos dos desinvestimentos realizados em 2016. A relação entre o volume de reservas e a produção é de 13,5 anos, sendo de 13,9 anos no Brasil. O Índice de Desenvolvimento (ID), que é a relação entre as reservas provadas desenvolvidas e as reservas provadas, foi de 50% em 2016.