Cotidiano

Republicanos pedem sanções administrativas contra Hillary

WASHINGTON — Cerca de 48 horas após o FBI (a polícia federal americana) ter indicado que não havia necessidade de processar Hillary Clinton pelo episódio do uso de um servidor privado para e-mails confidenciais quando ela era secretária de Estado, os republicanos agem em duas frentes para tentar constranger Hillary com este episódio.

Ao mesmo tempo que o Congresso americano interrogava nesta quinta-feira o diretor do FBI, James Comey, sobre como foi a investigação que livrou a democrata, o presidente da Câmara dos Deputados, Paul Ryan, anunciava que ia solicitar formalmente a James Clapper, diretor de Inteligência Nacional (DNI) dos Estados Unidos, a negar a Hillary acesso a qualquer informação sigilosa enquanto durar sua campanha presidencial.

Ryan afirmou que a decisão ocorreu depois que o FBI indicou que Hillary Clinton foi “extremamente descuidada com as suas mensagens quando estava à frente da diplomacia americana. Ele disse que nada justifica que ela continue a ter acesso a informações confidenciais”.

Em uma carta a Clapper, Ryan afirmou que “acredita firmemente que isto é necessário para garantir ao público que os segredos da nossa nação estarão seguros”. Há décadas os candidatos presidenciais recebem informações confidenciais do governo após as convenções partidárias.

Na comissão do Congresso que ouve o diretor do FBI, a maior parte dos republicanos questiona a decisão do órgão em sua investigação. Ele foi perguntado, por exemplo, se houve diferença entre esta conclusão e outras do passado, mas ele respondeu que o FBI sempre pediu processo criminal quando foi determinado que houve intenção de violar as regras de segurança de comunicação, o que não viu no caso de Hillary Clinton.

Ele negou que tenha agido para ajudar a campanha de Hillary — o anúncio da conclusão das investigações ocorreu horas antes do primeiro comício conjunto entre a democrata e o presidente Barack Obama.