Cotidiano

Repasses do governo federal à região Oeste encolhem 19% no trimestre

Municípios da região vão receber R$ 25.398.812 a menos no período

Matelândia – Mais uma vez, os municípios do Oeste paranaense perdem recursos essenciais por conta de cortes nos repasses feitos pelo governo federal. O maior problema está no FPM (Fundo de Participação dos Municípios), principal fonte de captação de recursos das prefeituras menores e imprescindível para a manutenção de programas em diversas áreas, sobretudo aqueles destinados a atender às pessoas mais carentes.

Conforme dados do OIM (Observatório de Informações Municipais), os 51 municípios que fazem parte da Amop (Associação dos Municípios do Oeste do Paraná) vão receber em agosto, setembro e outubro R$ 25.398.812 a menos do que receberam em maio, junho e julho, o que representará queda de 18,71%. O valor global recuará de R$ 135.738.195 para R$ 110.339.383 no comparativo entre os dois trimestres.

“As reduções que ocorrem no FPM e também em outros recursos disponibilizados pela União dificultam o bom andamento da máquina pública. Como na maioria das vezes os recursos não são suficientes, principalmente aos pequenos municípios, serviços essenciais, como saúde, educação e melhorias em acessos ao interior, são adiados”, lamenta o prefeito de Matelândia, Rineu Menoncin, o Texeirinha.

Ele explica que uma das preocupações em Matelândia é apoiar o agronegócio, principal fonte de renda da grande maioria dos municípios da região.

“É necessário prover recursos para adequar as estradas rurais visando ao escoamento da safra. Entretanto, com a baixa no FPM fica cada vez mais difícil”, lamenta Texeirinha.

“Estamos sendo enganados”

 Para 2016, as perspectivas dos gestores municipais não são nada otimistas. Segundo o prefeito Rineu Menoncin, o Texeirinha, não há muito que esperar do governo federal para o próximo ano.

“Estamos sendo enganados. Para dar andamento aos projetos em benefício da população é necessário contar com recursos próprios e do ICMS, mas, ao mesmo tempo, não podemos nos iludir sobre a vinda de outros repasses federais, pois essa possibilidade é muito pequena”, relata.

(Com informações de Marina Kessler)