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Renato Augusto vê 'cicatriz' e quer vitória para diminuir carga do 7 a 1

Na volta da seleção ao Mineirão, a pior derrota da história do futebol brasileiro é um tema inevitável, se sobrepondo até mesmo ao clássico contra o maior rival, a Argentina. Da lista convocada por Tite para o jogo desta quinta-feira, dois foram titulares na semifinal contra a Alemanha (Marcelo e Fernandinho), dois entraram no segundo tempo (Paulinho e Willian) e outros três faziam parte do elenco da Copa (Thiago Silva, Neymar e Daniel Alves).

Renato Augusto faz hoje parte de uma maioria que veio na renovação da seleção, mas mostrou que aquele trauma atinge a todos:

– Mesmo não estando no jogo, estava como torcedor. É ruim para todo mundo. Não podemos criar uma carga ainda maior sobre os jogadores que lá estiveram. É bom uma vitória até para diminuir um pouco esse assunto. conversávamos isso na Olimpíada, é claro que agora o jogo no Mineirão isso acaba voltando. Mas temos que pensar daqui para frente, e não no que já passou – disse o meia após o treino desta segunda-feira no Independência.

Renato é um dos símbolos da renovação da seleção com Tite, e dá o tom de que a seleção vive agora “novos tempos”.

– A cicatriz (do 7 a 1) vai ficar, mas a gente só pode mudar o que vem pela frente. Temos de manter nosso nível de atuação, mas clássico a gente sabe que é diferente. Não adianta a torcida achar que, por causa das quatro vitórias anteriores, vamos vencer a Argentina com facilidade – disse.

O outro entrevistado desta segunda-feira, Douglas Costa, também não estava na Copa de 2014, e também prefere falar sobre a nova fase da seleção:

– O que aconteceu não se apaga, mas é momento diferente. Estão acontecendo coisas novas, coisas boas, e é nisso que estamos pensando. Esse é nosso pensamento – disse Douglas.

Na manhã desta terça-feira, Neymar e Giuliano se juntarão à delegação em Belo Horizonte. Na terça e na quarta, Tite comandará treino com o grupo completo no Mineirão.