Cotidiano

Renan defende Temer e reafirma compromisso com agenda do governo

BRASÍLIA – Cerca de seis horas após o anúncio da demissão de Geddel Vieira Lima da Secretaria de Governo, o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), divulgou nota na qual defende o presidente Michel Temer das acusações do ex-ministro da Cultura Marcelo Calero e reafirma o compromisso em aprovar as medidas do ajuste fiscal. No texto, Renan diz ainda que, se necessário, o recesso parlamentar previsto para começar dia 16 de dezembro será cancelado.

?As alegações do ex-ministro da Cultura não afetam o presidente Michel Temer, que reúne todas as condições para levar adiante o processo de transição. As mexidas ministeriais tampouco afetarão o calendário de votações do Senado, que inclui a PEC do limite de gastos e o projeto de abuso de autoridades?, diz Renan.

Na nota, Renan minimiza a crise gerada pela demissão de Geddel e diz que é preciso superar ?falsas polêmicas?:

?O presidente Renan Calheiros entende que o momento é de ultrapassar falsas polêmicas e assegurar a união em torno de uma agenda, sob o risco de esgarçamento da crise econômica com imprevisíveis desdobramentos sociais. O Senado Federal tem feito sua parte e permanece à disposição para colaborar, como foi feito em passado recente?, diz o texto, afirmando que, ?a exemplo das crises anteriores?, como o impeachment de Dilma Rousseff, o Senado ?continuará se pautando pelo equilíbrio, responsabilidade e atento à soberania e independência entre os poderes?.

O presidente do Senado reafirmou, ?em face das crises recorrentes?, a necessidade de se tocar a agenda do ajuste fiscal:

?Em face das crises recorrentes, o presidente do Senado Federal reitera a imperiosidade de uma agenda a fim de superar o agravamento da situação econômica que penaliza toda a sociedade brasileira (?) Se necessário, o recesso parlamentar de fim de ano será cancelado para viabilizar essa agenda de desenvolvimento no País que integre os três poderes da República?, diz o peemedebista, que sugere ainda que a Câmara adote ?votações expressas? para aprovar essas medidas.