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Rejeitado por torcida, jogador chamado de 'nazista' fica no limbo e ganha apoio da Liga

Roman Zozulya não vem encontrando portas abertas na Espanha. Um dia após ver sua contratação desfeita pelo Rayo Vallecano, após ser alvo de protestos e chamado de “nazista” por torcedores, o meia ucraniano se viu em uma espécie de limbo: o Betis, seu clube de origem, frisou em comunicado que Zozulya segue tendo contrato com o Rayo até junho.

Zozulya foi devolvido ao Bétis depois de ser recebido com protestos e ameaçado por torcedores do Rayo Vallecano. Torcidas organizadas do Rayo, conhecidos historicamente pela orientação política de esquerda, ficaram insatisfeitos com a chegada do ucraniano, que costuma aparecer em fotos usando uniformes e até armasa e já foi associado a grupos paramilitares de extrema-direita da Ucrânia.

O presidente da Liga Espanhola, Javier Tebas, saiu em defesa de Zozulya nesta quinta-feira. Tebas pediu “tolerância e respeito” por parte da torcida do Rayo e disse que poderá ingressar com queixa criminal contra os torcedores, caso tenha evidências de “clara coação” no imbróglio envolvendo o jogador:

– Se o presidente do Rayo ou o jogador me disserem que se sentiram ameaçados, entrarei com queixa criminal por coação. É inadmissível que tenhamos esse problema na Espanha. Não se pode rotular uma pessoa por sua ideologia. A tolerância de uma país se demonstra sendo tolerante – disse Tebas ao jornal “Sport”.