Cotidiano

Regionais têm baixos índices de comprovação de vacinas

Adapar pede que pecuaristas não deixem para a última hora; Estado vai passar por auditoria do Mapa em janeiro

Toledo – Em toda a região oeste do Paraná a estimativa é que de que quase 1 milhão de bovinos e bubalinos de todas as idades sejam imunizados contra a aftosa até o dia 30 deste mês. Ocorre que, além de vacinar, os pecuaristas precisam confirmar a imunização à Adapar (Agência de Defesa Agropecuária do Paraná) e, apesar de esta etapa da campanha se encerrar no dia 30 de novembro, considerando que a primeira quinzena já chegou ao fim, o número de confirmações é considerado baixíssimo nos Núcleos Regional da Seab (Secretaria de Estado da Agricultura e Abastecimento) tanto de Toledo quanto no de Cascavel e gera preocupação.

As regionais ainda não fecharam um percentual de imunização, mas a movimentação tem sido bastante tímida. A culpa disso estaria no excesso de feriados e de chuva no começo de novembro. “Em Cascavel teve feriado no dia 2, no dia 14 e no dia 15, além do excesso de chuva no começo deste mês, então, como de costume, esperamos que a intensificação nas vacinações e nas comprovações ocorra a partir da próxima semana, mas pedimos que os produtores façam isso o mais cedo possível e não deixem para a última hora”, alerta o fiscal de Defesa Agropecuária da Adapar, o veterinário Juliano Moura.

Segundo Juliano, é imprescindível lembrar o pecuarista que neste ano, ao contrário dos anos anteriores, a comprovação deve ser feita somente no escritório da Adapar no caso de Cascavel e de Toledo e nos demais municípios nos escritórios municipais. “Por isso é importante não deixar para a última hora para evitar transtornos e tumultos”, completa.

Neste ano a imunização contra a aftosa tem uma preocupação e um alerta extra. O Paraná passará em janeiro por uma auditoria do Mapa (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento) para intensificar o processo para o Estado se tornar área livre da doença sem vacinação.

O caminho a ser percorrido

A certificação não é simples, é burocrática e um dos aspectos a serem levados em consideração diz respeito à cobertura vacinal. Por isso o apelo é para que 100% do rebanho receba a vacina contra a febre aftosa agora.

Vale lembrar que o Paraná, com os estados do Rio Grande do Sul e do Mato Grosso do Sul, vai passar por uma série de procedimentos legais e, quanto maior a cobertura de imunização no período em que as vacinas ainda são exigidas, melhor. O objetivo é vacinar todos os 9,4 milhões de animais em todo o Paraná.

Após a auditoria do Mapa, a tramitação legal segue avaliando se o Estado tem condições sanitárias para deixar de imunizar seus rebanhos. “Mesmo assim, é um processo ainda longo e burocrático e a expectativa é para que tenhamos esse certificado internacional lá em 2023. Internamente, a meta do Mapa é alcançar isso em 2021, mas estamos trabalhando firme para que isso seja antecipado e evitemos tantos prejuízos comerciais”, explica o coordenador do Programa de Febre Aftosa da Adapar no Paraná, Walter Ribeirete.

Multa a quem não vacinar

Para quem deixar de vacinar o rebanho vai ter que pagar multa que gira em torno de R$ 100 por cabeça não imunizada e ainda terá de fazer a vacinação assistida. A fiscalização começa nos primeiros dias de dezembro.